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Resposta:
Como você já deve saber, o sujeito é um termo essencial da oração e é definido como o ser sobre o qual se faz uma declaração. No entanto, existem algumas características que fazem com que ele receba diferentes classificações, tais como: sujeito simples, sujeito composto, sujeito oculto (determinado) e sujeito indeterminado. Vamos analisar cada um deles neste texto:
Sujeito simples: é aquele que possui apenas um núcleo, ou seja, quando o verbo se refere a uma só palavra:
Exemplos:
Pedro viajou. (o verbo refere-se a um substantivo)
Nós aprendemos o alfabeto. (o verbo refere-se a um pronome)
Os três construíram o projeto. (o verbo refere-se a um numeral)
O humilde aprende mais. (o verbo refere-se a uma palavra substantivada)
É provável que ele viaje hoje. (o verbo refere-se a uma oração)
Sujeito composto: é aquele que possui mais de um núcleo.
Exemplos:
Pai e filho viajam juntos todos os anos. (o verbo refere-se a mais de um substantivo)
Viajamos ele e eu para Cancún. (o verbo refere-se a mais de um pronome)
Aprendem mais os humildes e os esforçados. (o verbo refere-se a mais de uma palavra substantivada)
Chegaram seis ou sete clientes. (o verbo refere-se a mais de um numeral)
Era melhor esquecer o carro novo e viajar para Cancún. (o verbo refere-se a mais de uma oração)
Sujeito oculto ou sujeito elíptico: é aquele que não está explícito na oração, mas pode ser determinado pela flexão número-pessoa do verbo, ou por sua presença em alguma oração antecedente.
Exemplos:
Gosto de viajar todos os anos. (sujeito oculto “eu”, determinado pela desinência verbal)
Chamava-se Maria, tinha 16 anos e trabalha no hospital municipal. (sujeito oculto “Maria”, determinado pela presença do sujeito em oração antecedente)
Sujeito indeterminado: é aquele no qual não é possível identificar um referente explícito na oração (ou no contexto do enunciado) para a flexão verbal. Pode ser construído por:
a) Verbo transitivo direto na 3ª pessoa do plural:
Anunciaram a morte do prefeito.
b) Verbo transitivo indireto, verbo intransitivo ou verbo de ligação flexionado na 3ª pessoa do singular + pronome “se”:
Não se fala da morte do prefeito no jornal local.
Agora, observe as orações seguintes e tente identificar o sujeito delas:
Chove muito nessa cidade.
Há muitos animais no zoológico de Brasília.
Como você pôde perceber, não é possível determinar o sujeito delas, não é mesmo? Isso se deve ao fato de serem orações sem sujeito. Os casos em que esse fenômeno gramatical ocorre são:
ORAÇÕES SEM SUJEITOS:
Com verbos ou expressões que denotam fenômenos da natureza.
Exemplo: De manhã choveu muito.
Com o verbo “haver” no sentido de existir.
Exemplo: Há muitos animais no zoológico de Brasília.
Com o verbo “haver”, quando indica tempo decorrido.
Exemplo: Aguardo a encomenda há dois dias.
Como os verbos “ser”, “fazer” e “ir” na indicação de tempo ou relacionados a fenômenos da natureza.
Exemplos: Era bastante tarde.
Fazia frio durante aquela noite.
Vai para uns dois anos que não vejo meus pais.