Respostas
"Ao decolar da Polônia, eu já havia iniciado minhas viagens sociológicas, e pousar na Grã-Bretanha não provocou nenhuma mudança importante em meu itinerário. Separada por uma barreira linguística, a “sociologia polonesa" parecia um universo diferente, mas, por favor, tenham em mente que essa barreira era unilateral: o inglês era então a língua “oficial" no reino da sociologia, e os sociólogos poloneses liam os mesmos livros e seguiam os mesmos caprichos da moda e meandros de interesses que seus colegas do outro lado da Cortina de Ferro. Além disso, a sociologia britânica do início da década de 1970 não estava exatamente na linha de frente das tendências mundiais, e, para um recém-chegado da Universidade de Varsóvia, não havia muito com que se familiarizar; na verdade, as descobertas realizadas naquela época nas Ilhas Britânicas, em quase todos os aspectos, eram velhas e por vezes até antiquadas na área do Vístula.
A maior parte dos temas que, na minha presença, provocavam entusiasmo em meus colegas britânicos (tais como as descobertas de Gramsci, da Escola de Frankfurt, da “culturologia", da hermenêutica, da insignificância do “funcionalismo estrutural" e da magnitude do estruturalismo etc.) eu já havia examinado na companhia de meus colegas poloneses muito antes de aportar na Grã-Bretanha. Para resumir uma longa história, minha primeira década neste país pode ter sido cheia de som e fúria, por uma série de razões (e realmente o foi, como confessei a Keith Tester muito tempo atrás), mas isso significou muito pouco em termos de minha visão acerca da vocação sociológica."
Resposta:
sociólogo polonês Zygmunt Bauman faleceu em janeiro de 2017, aos 91 anos. ... Após ter servido durante a Segunda Guerra Mundial, Bauman fez parte do Partido Comunista Polaco e anos mais tarde se formou em sociologia.