Respostas
Resposta: Quais são os processos energéticos de Santa Catarina
Explicação:
Energia Eólica
O Estado possui três Parques de Geração Eólica, um em Bom Jardim da Serra com capacidade de 600 kW, e dois em Água Doce com capacidade de 4.800 kW e 9.000 kW respectivamente.
Gás Natural
Capacidade de transporte do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) de 30 milhões de m3/dia;
Rede de distribuição da SCGÁS, possui uma extensão de 685 Km, abrangendo 35 municípios;
Número de clientes da SCGÁS: 283 (128 indústrias, 77 Postos GNV- Gás Natural Veicular, 76 segmento comercial e 02 segmento residencial)
Volume de vendas total da SCGÁS: 1.460.770 m3/dia (Abril/2007)
- Consumo Industrial - 1.118.150 m3/dia (77% do consumo total)
- Consumo Gás Natural Veicular - 335.660 m3/dia
- Consumo Comercial - 6.900 m3/dia
- Consumo Residencial - 60 m3/dia
Carvão Mineral
A produção de carvão mineral bruto em Santa Catarina, em 2005, foi de 7,8 milhões de toneladas, representando 63% da produção nacional. A do carvão beneficiado, para o mesmo ano, foi na ordem de 2,7 milhões de toneladas, participando com 45,5% da produção nacional.
A Usina Termelétrica Jorge Lacerda, localizada no município de Capivari de Baixo, utiliza o carvão mineral para gerar 857 MW.
Sistema Elétrico
O atendimento elétrico ao estado de Santa Catarina é feito por instalações da Rede Básica nas tensões de 500 kV e 230 kV e por DITs na tensão de 138 kV de propriedade da Eletrosul.
O Estado conta com duas SEs 500/230 kV, a SE Blumenau (3 x 672 MVA) suprida por duas linhas de 500 kV, provenientes de Campos Novos e Curitiba, e a SE Campos Novos (672 + 336 MVA). Nesta subestação, que é ponto de confluência das usinas do Rio Uruguai, estão conectadas quatro linhas em 500 kV, provenientes de Machadinho, Areia, Gravataí e Blumenau.
O atendimento às quatro regiões geo-elétricas do estado é feito da seguinte forma:
Região Leste: concentra a maior parte do consumo industrial do Estado, cerca de 60% da carga de energia elétrica de Santa Catarina. É atendida a partir da SE 500/230 kV Blumenau. Esta área é suprida pelas SEs 230/138 kV Joinville, Blumenau, Itajaí e Palhoça, interligadas mediante duas linhas de 230 kV, localizadas próximas ao Litoral do Estado e por um sistema de DITs em 138 kV interligando as SEs Jorge Lacerda A, Blumenau e Joinville. A Eletrosul também possui transformação em 138/69 kV integrante das DITs nas SEs Jorge Lacerda A, Ilhota e Joinville, bem como um compensador síncrono (2 x 15 Mvar) instalado na SE Ilhota.
Região do Planalto Norte: é atendida por uma linha de transmissão em 138 kV, em circuito duplo, alimentado pelas SEs 230/138 kV Canoinhas e Joinville. A SE Canoinhas está conectada em 230 kV por um circuito simples na SE São Mateus e a SE Joinville está interligada em 230 kV as SEs de Blumenau e Curitiba.
Região Sul: é suprida principalmente pela UTE Jorge Lacerda, que está conectada por dois circuitos de 230 kV que percorrem o Litoral do Estado, pela SE 230/138/69 kV Jorge Lacerda A e pela SE 230/69 kV Siderópolis, a qual está interligada em 230 kV às SEs Jorge Lacerda B e Lajeado Grande.
Região Oeste: é atendida pela rede de 500 kV por meio da SE 500/230/138 kV Campos Novos, pela SE 230/138 kV Xanxerê e, em parte, pela UTE Jorge Lacerda, através de uma linha de circuito duplo de 138 kV, que interliga esta usina térmica com Campos Novos e Xanxerê. Por sua vez a SE Xanxerê está conectada em 230 kV às UHEs Salto Osório (Paraná) e Passo Fundo (Rio Grande do Sul).
Geração local
A principal fonte local de suprimento é o complexo termelétrico de Jorge Lacerda (carvão), com capacidade instalada de 857 MW e que, em condições normais de hidraulicidade regional, opera com valor mínimo de despacho (318 MW). Adicionalmente, há um conjunto de fontes de pequeno e médio porte (190 MW) conectadas diretamente ao sistema de distribuição.
A potência instalada no período 2006-2015 apresenta um crescimento de cerca de 24%, com uma participação média de 64 % no montante total da região durante o período.
Este acréscimo de geração se dá em função de novas usinas como: UHE Baixo Iguaçu (340 MW) e UHE Mauá (382 MW).
Carga local
A carga do estado de Santa Catarina prevista para o período 2006-2015 apresenta um crescimento médio de 4% ao ano e representa, em média, 25% do total da Região Sul naquele período. A evolução dos três patamares de carga pode ser vista no Gráfico 4-38.
Programa de obras
As principais obras de atendimento ao estado de Santa Catarina previstas nos estudos são apresentadas na Tabela 4-18 (clique aqui).
Deste conjunto de obras podem-se destacar as LTs 230 kV Canoinhas - São Mateus do Sul, prevista para 2008, e Campos Novos - Videira, CD, Joinville Norte - Curitiba, Jorge Lacerda B - Siderópolis C3, previstas para 2009, que são necessárias para eliminar afundamento de tensão e/ou sobrecargas em condições de emergência.