Sobre o texto quarta aventura maritima
quarta aventura maritima que personagens podem ser identificado pelo pronome "Eu"
Respostas
Vejo que não publicou o texto, então pesquisei e encontrei esse.
Texto:
Quarta aventura marítima
Quando eu ainda estava a serviço da Turquia, divertia-me
freqüentemente indo passear em meu iate de recreio no mar
de Mármara, de onde se descortina uma vista magnífica de
Constantinopla e do Serralho do Grão Senhor. Certa manhã
contemplava eu a beleza e a serenidade do céu quando avistei
no ar um objeto redondo, mais ou menos do tamanho de uma
bola de bilhar, do qual parecia pender alguma coisa. Tomei
imediatamente da maior e mais comprida das minhas carabinas,
sem as quais nunca saio nem viajo. Carreguei-a com uma bala e
atirei no objeto redondo, mas não o atingi. Pus então carga dupla:
não tive melhor sorte. Afinal, da terceira vez, mandei-lhe três ou
quatro balas, que lhe abriram um buraco no flanco, pondo-o
abaixo.
Imaginai meu espanto quando vi cair, a apenas duas TOESAS do
meu barco, um carrinho dourado, suspenso a um enorme balão,
maior que a CÚPULA mais PORTENTOSA. No carrinho encontrava-se
um homem, e junto a ele uma metade de carneiro assado. Refeito
da surpresa inicial, formei com meu pessoal um círculo em redor
daquela coisa bizarra.
O homem, que me pareceu francês, – e com efeito o era, – trazia
no bolso do colete dois belos relógios com berloques, sobre os
quais estavam pintados retratos de gentis-homens e grandes
damas. [...]
A rapidez da queda o aturdiu a tal ponto que levou algum tempo
para poder falar. Acabou, no entanto, recuperando-se e contou
o seguinte:
– Não tive, é verdade, bastante cabeça nem bastante ciência
para conceber essa maneira de viajar, mas fui o primeiro a ter
a idéia de usá-la para humilhar os equilibristas de corda e os
salteadores ordinários, subindo ainda mais alto que eles. A sete
ou oito dias, – não sei ao certo, pois perdi a noção do tempo,
– fiz uma ascensão na ponta de Cornualha, na Inglaterra, levando
comigo um carneiro com o fito de jogá-lo lá de cima, para divertir
os espectadores. Por desgraça, o vento virou [...], empurrou-me
para o mar, sobre o qual flutuei um tempo enorme, a uma altura
incomensurável. [...]
(BURGUER, 1990)
Explicação:
Se o texto for esse, penso que o único personagem identificado pelo pronome "Eu" é o próprio narrador do texto.