Respostas
Queremos achar as soluções da equação
que envolve uma soma infinita. Para isso, uma maneira é lembrar a série de Taylor da função f(x) = eˣ:
Que é convergente para todo x. Logo temos:
Somando essas duas equações e dividindo por 2 obtemos a série do cosseno hiperbólico:
Para x ≥ 0:
Assim, a equação é equivalente a cosh √x = 0, que não possui solução já que eˣ + e⁻ˣ é sempre maior que zero.
Para x ≤ 0:
Nesse caso vamos usar a série do cosseno:
Para y ≥ 0 temos:
Sendo y = -x isso é:
Logo a equação fica
cos √(-x) = 0 ⇒ √(-x) = π/2 + kπ
-x = π/2 + kπ
x = - π² (2k+1)² / 4
Assim, nesse caso as soluções são os números da forma -π² (2k+1)² / 4 com k inteiro.
Obs.: Também podemos deduzir a série do cosseno da mesma forma que o hiperbólico, mas isso requer um pouco de conhecimento de variável complexa. Mais precisamente, precisamos da fórmula de Euler:
onde x é um número real. Além disso precisamos usar também que séries de potências funcionam como as reais e que a exponencial complexa é uma extensão da real. Isso justifica o seguinte:
Lembrando que i² = -1 podemos fazer várias simplificações:
Podemos também calcular a série de e^(-ix), que é a mesma coisa com o sinal das potências ímpares trocado. Da fórmula de Euler temos que
Somando as duas séries e dividindo por 2, obtemos a série do cosseno.
Note a semelhança entre o seno e cosseno usuais e os hiperbólicos:
cosseno hiperbólico é a parte par de e^x
seno hiperbolico é a parte ímpar de e^x
cosseno é a parte real de e^(ix) e é uma função par.
seno é a parte imaginária de e^(ix) e é uma função ímpar.
Resposta:
As soluções são: