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Resposta:
O século XX foi importante para a transformação dos países da América Latina. Muitos deles conquistaram a independência no final do século XIX e ainda estavam em processo de consolidação de um Estado Nacional. Houve várias tentativas de revoluções e ditaduras, umas bem sucedidas outras não.
A Revolução Cubana foi a primeira a conseguir implantar um sistema socialista em plena Guerra Fria.
O que foi a Revolução Cubana?
A Revolução Cubana (1959) foi um processo de transformações econômicas, políticas e sociais de caráter popular em Cuba. O movimento armado culminou na destituição do presidente Fulgêncio Batista e na implantação do primeiro governo socialista da América.
O que acontecia em Cuba antes da Revolução?
No final do século XIX, Cuba era a maior produtora de cana-de-açúcar e tabaco do mundo. As riquezas atraíram a atenção dos empresários norte-americanos. Dessa forma, quando os cubanos declararam guerra contra a Espanha para conquistar a sua independência, os Estados Unidos aproveitaram para intervir.
Em 1898, os Estados Unidos também declararam guerra contra a Espanha (Guerra Hispano-americana – 1898) e desembarcaram na capital de Cuba, Havana. Os cubanos conquistaram a independência, mas sob a influência dos norte-americanos.
Nos anos seguintes, os empresários estadunidenses tornaram-se proprietários de grande parte da economia: as usinas de açúcar, as plantações de fumo, as minas e as poucas fábricas do país.
A desigualdade e a ausência de direitos se acentuaram durante o século XX. Grande parte da população morava na zona rural, era analfabeta, passava fome, sofria com doenças e ganhava salários irrisórios nas plantações.
A interferência dos Estados Unidos na economia e na política se tornou cada vez maior. Até mesmo uma emenda na Constituição Cubana (a emenda Platt), feita por um senador norte-americano, autorizava intervenções militares na ilha.
Com todos esses problemas, um grupo de nacionalistas tentou atacar o quartel de Moncada para despertar uma revolta popular contra o ditador Fulgêncio Batista. Porém, a empreitada deu errada e os jovens foram presos. Um dos comandantes rebeldes era o jovem advogado Fidel Castro.
Como foi o processo revolucionário?
Depois de sair da prisão, Fidel Castro reuniu um grupo de patriotas cubanos para preparar a volta. A eles se juntou o argentino Ernesto Che Guevara. Em novembro de 1956, embarcaram em um iate para fazer um outro ataque. Porém, novamente as tropas de Batista frustraram a tentativa de ataque e apenas doze guerrilheiros sobreviveram.
Cansados e famintos, esses guerrilheiros se esconderam nas montanhas da Sierra Maestra. Sob o comando militar de Fidel Castro, iniciaram operações de guerrilha e atacaram pequenos postos militares pelo interior da ilha. As notícias dos rebeldes se espalharam pelo país e voluntários começaram a apoiar a causa.
O exército de Fulgêncio Batista refletia a corrupção do Estado e a miséria do povo. Entravam em aldeias, queimavam, violentavam e matavam. Já os guerrilheiros agiam diferente: tratavam bem os camponeses e esclareciam a situação do país. Aos poucos, Fidel foi sendo reconhecido pelo povo e mais camponeses aderiram ao movimento.
Apesar da ajuda do governo dos Estados Unidos, o exército cubano sofreu várias derrotas. Os ataques foram sendo coordenados das cidades menores até chegar em Havana. Os sindicatos declararam greve geral, o país inteiro parou, as lojas fecharam, os ônibus pararam de circular. Em 1959, os guerrilheiros entraram vitoriosos em Havana e deram início ao governo socialista cubano
Explicação:
Cerca de 90% dos itens produzidos em Cuba eram exportados aos norte-americanos. De repente, o governo dos EUA parou de importar os produtos da ilha. O bloqueio econômico só pararia se Fidel parasse de prejudicar os lucros das empresas capitalistas. Cuba estava isolada.
Os únicos a oferecerem ajuda foram os países socialistas. A União Soviética e a China passaram a comprar açúcar cubano. Nos anos seguintes, a colaboração dos soviéticos seria fundamental para Cuba.