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Tirania (do grego τύραννος, "týrannos" , líder ilegítimo) era uma forma de governo usada em situações excepcionais na Grécia em alternativa à democracia. Nela, o chefe governava com poder ilimitado, embora sem perder de vista que deveria representar a vontade do povo.
Segundo Aristóteles e Platão, "a marca da tirania é a ilegalidade", ou seja, "a violação das leis e regras pré-estipuladas pela quebra da legitimidade do poder" por si já determina a tirania. Uma vez no comando, "… o tirano revoga a legislação em vigor, sobrepondo-a com regras estabelecidas de acordo com as conveniências para a sua perpetuação deste poder". Exemplo disso são as descrições de tiranias na Sicília e na Grécia antiga, cujas características assemelham-se às modernas ditaduras. Ainda segundo Platão e Aristóteles, os tiranos são ditadores que ganham o controle social e político despótico pelo uso da força e da fraude. A intimidação, o terror e o desrespeito às liberdades civis estão entre os métodos usados para conquistar e manter o poder. A sucessão nesse estado de ilegalidade é sempre difícil". Aristóteles atribuiu a "…vida relativamente curta das tiranias à fraqueza inerente dos sistemas que usam a força sem o apoio do direito." Maquiavel também chegou à mesma conclusão sobre a tirania e seu colapso: "… é o regime que tem menor duração, e de todos, é o que tem o pior final…" e "…a queda das tiranias se deve às desventuras imprevisíveis da sorte…". [carece de fontes]
Aristóteles, definiu tirania como um governo centralizado por um único homem e direcionado aos seus interesses e atribuiu as seguintes características aos tiranos:
susceptibilidade a elogios;
afastar homens talentosos do governo;
criação de discórdia e facções entre os membros do governo;
empobrecimento do povo;
utilização de policia secreta, informantes e guarda-costas estrangeiros