O que é descolonizar e olhar segundo o documentário e por que isso é importante para o pensamento científico no Brasil
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Sejamos honestos: nós, brasileiros, tornamo-nos praticantes passivos de alguma espécie de mimetismo pós-colonial. Imitamos padrões europeus e estadunidenses em quase tudo – desde detalhes aparentemente banais, como vestimentas que usamos ou músicas que ouvimos; até estruturas políticas ou intelectuais reproduzidas a partir de matrizes do Norte. E a academia não foge à regra. Os autores que lemos, afinal, são quase sempre os clássicos do Velho Mundo.
Nos ventos do século 21, porém, as periferias geopolíticas pedem um mundo multipolarizado – e, cada vez mais, esse movimento configura a nova realidade global. Ainda perdura, no entanto, a clivagem do cenário internacional em dicotomias datadas que reforçam a segregação do mundo em dois hemisférios simbólicos.
Sobre esse instigante tema, Ciência Hoje ouviu o historiador e antropólogo Cláudio Pinheiro, diretor da Sephis, agência holandesa dedicada à formação de quadros intelectuais de países do Sul, agora sediada no Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pinheiro denuncia o colonialismo tardio do qual apenas começamos a nos libertar. E, dono de um papo tão pertinente quanto sofisticado, aposta suas fichas nos países austrais como promissores espaços de enunciação política, cultural e intelectual.
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