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A Assembleia de Deus no Brasil surgi com a vinda dos
missionários suecos Adolph Gunnar Vingren e Daniel Gustav
Hogberg, para Belém no Pará, pelo Navio Clement no dia 19 de
novembro de 1910, ambos iniciaram essa viagem nos Estados
Unidos da América onde ano anterior na cidade de Chicago foram
batizados com o Espírito Santo. Esses missionários eram da igreja
batista mas pregavam uma doutrina diferente daquela pregada pelos
irmãos batistas aqui no Brasil, acreditando no batismo com o
Espírito Santo. Esse ensinamento levou alguns membros da igreja
batista a crerem e posteriormente foram batizados pelo Espírito
Santo. Como consequência disso de acordo relatado no livro de Isael de Araujo ...
Segundo a Ata nº 222 da Igreja Batista de Belém,
na sessão extraordinária de 13 de junho de 1911,
treze pessoas se levantaram favoráveis ao ensino
pentecostal e foram excluídos da igreja. Foram
eles: José Plácido da Costa (diácono e moderador);
Manoel Maria Rodrigues (diácono e secretário);
José Batista de Carvalho (diácono e tesoureiro);
Antônio Mendes Garcia (diácono); Lourenço
Domingos; João Domingos; Maria dos Prazeres
Costa; Maria Pinto de Carvalho; Alberta Ribeiro
Garcia; Manoel Dias Rodrigues; Jesusa Dias
Rodrigues; Celina Albuquerque; e Maria de Jesus
Nazareth.18
Revista Unitas,v.5, n.2 (n. especial), 2017 685
Diante desses fatos acima citados na data de 18 de junho de
1911, um grupo de 18 irmãos iniciaram a Assembleia de Deus com
cultos que eram realizados na casa de Celina de Albuquerque, uma
das pessoas que foram excluídas da igreja Batista de Belém segundo
consta na Ata citada anteriormente. No início as igrejas que foram
iniciadas em Belém no Pará oriunda desse movimento tinham o
nome de Missão da Fé Apostólica, nome esse que seria mudado para
Assembleia de Deus em 1914 e em 11 de janeiro de 1918 conforme
Isael de Araujo, é registrada por Gunnar Vingren em cartório o
estatuto da primeira Assembleia de Deus em solo brasileiro.
Ao longo da história a Assembleia de Deus sofreu várias
perseguições, sendo ela de várias formas como calúnia, intriga,
delação, e até agressão física. As agressões físicas foram utilizadas
quando as calúnias não surtiram o efeito desejado, que era o de
suprimir essa nova denominação evitando que ela viesse a absorver
outras denominações, nesse momento a estratégia utilizada passou a
ser a violência. Sobre esse assunto Isael de Araujo também escreve.
Sobre o crescimento da Assembleia de Deus no Brasil
durante as quatro primeiras décadas A AD, que se inicia em 1911 com 20 membros, tem, segundo a estimativa de Read (1976:122), em 1930, 14.000 membros, e, em 1950, 120.000 membros, o que daria respectivamente 69,76% de crescimento em 19 anos, e 108.000% em 38 anos. No total, são mais de 600.000% de crescimento nas primeiras quatro décadas. É uma taxa de crescimento anual de 15.000% ao ano.21
Quando se analisa a história da Assembleia de Deus no Brasil com relação aos usos e costumes, notamos que, desde os princípios houve uma grande preocupação dos líderes da mesma quanto a construção desses. Sobre essa preocupação quanto aos padrões na maneira de viver, Joéde Braga de Almeida escreve. A ideia de “viver em santidade”, separados do mundo, condicionou-os a uma imposição de comportamento ascético entre os membros da sociedade cristã, em Belém e adjacências. Sem querer levantar a bandeira de uma religião, mas procurando a singularidade de vida em sociedade, os novos missionários, vindo de outra região do planeta, apontando o que identificaram como comportamento “mundano” dos cristãos, procuraram incentivar seus comandados a se apresentar diante da sociedade como religiosos castos e pudicos apenas buscando uma valorização cristã na sociedade brasileira.
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