PUC-RJ 2015
Em meados do século XVIII, diversas monarquias europeias se modernizaram com base nos ideais iluministas para um programa de reformas que assegurasse uma administração mais racional e eficiente do Estado. Embora afirmassem agir em nome da "maior felicidade dos povos", estes permaneciam excluídos da tomada de decisões políticas. Considerando as relações entre a cultura iluminista e as reformas promovidas pelos "soberanos esclarecidos", analise as afirmativas a seguir.
I. Os soberanos reformadores concentraram seus esforços no desmantelamento de privilégios fiscais e no redimensionamento dos poderes eclesiásticos, como no caso de Frederico II na Prússia e de D. José I e de seu ministro Pombal em Portugal.
II. Os filósofos iluministas forneceram o tema da razão, da boa administração e da pública felicidade aos projetos absolutistas dos monarcas e o da liberdade à oposição antiabsolutista.
III. Os opositores do reformismo monárquico eram juristas e magistrados tradicionalistas, a nobreza fundiária e o alto clero, ameaçados pela dissolução da sociedade de ordens promovida pelos soberanos esclarecidos.
Assinale:
Respostas
Resposta:
I e II
Explicação:
O projeto do Absolutismo Esclarecido tinha o apoio de filósofos iluministas (Voltaire, por exemplo, fez muitos elogios a soberanos que adotaram este modelo, dentre os quais podemos apontar Frederico II da Prússia e Carlos XII da Suécia) e teve como alguns de seus principais elementos a revisão dos privilégios fiscais (ligados aos impostos) e uma redução parcial ou uma reorganização da função política e social da Igreja. I e II são verdadeiras.
Quem se opunha a este projeto?
Este projeto era uma forma de manter, mesmo que com reformas, o Absolutismo, e seus opositores eram os membros das classes que eram mais diretamente prejudicadas pelo Absolutismo: os camponeses e a pequena burguesia. A elite apoiava, com algumas ressalvas, estas mudanças.
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