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Resposta:
O movimento é inerente à condição de vida animal, visto que todos se utilizam dessa condição para sua sobrevivência, muitos desenvolveram habilidades específicas, conforme suas características e necessidades. O homem, por sua vez, desenvolveu várias habilidades, como andar, correr, saltar, lançar, arremessar, nadar, remar, atirar, lutar e muitas outras. Esses movimentos naturais, conforme o contexto e necessidades, tornaram habilidades mais específicas, passivas de treinamento para o seu melhor desempenho. Conforme (GALHARDO, 1993), o aprimoramento da performance do movimento pode ser entendido de acordo com vários objetivos como: economia de energia, melhoria do resultado, prevenção de lesões, beleza do movimento entre outros. Esses movimentos passam a ser considerados como movimentos construídos (exercícios) ou habilidades culturalmente determinadas. Para esse autor, o movimento próprio do homem como saltar, por exemplo, foi sendo estudado, transformado e aperfeiçoado através dos tempos, para alcançar os objetivos de cada esporte onde existe o salto: nas provas de atletismo como salto em altura, em distância e triplo, ataque e bloqueio no voleibol, salto sobre o cavalo na G.A., Salto jeté na G.R.D. entre outros.
Dessa forma, o movimento humano pode ser entendido, por um lado, como natural (biológico) e por outro, como construção (cultural). Com isso, Educação Física ao compreender que é pelo movimentar-se que o homem interage com o mundo, ela tem a desafiadora missão de compreender a relação entre o natural e o construído para fundamentar sua atuação sempre na relação entre a natureza e a cultura. Sendo assim, a natureza e a cultura não podem ser compreendidas como realidades opostas ou antagônicas, mas complementares. Desse modo, para (MENDES e NOBREGA, 1994), “corpo, natureza e cultura se interpenetram através de uma lógica recursiva. O que é biológico no ser humano encontra-se simultaneamente infiltrado de cultura. Todo ato humano é biocultural”.
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