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Quando a guerra eclodiu, em 1914 - há cem anos -, o Brasil tinha sua economia predominantemente agroexportadora e focada no café. Controlava nada menos que quatro quintos da oferta mundial.
Consequentemente, o caos provocado no comércio internacional foi particularmente sentido pelo país, através de dois canais. Primeiro, a queda na demanda pela commodity; segundo, o acúmulo de toneladas e toneladas do produto em armazéns europeus como garantia de pagamentos para dívidas externas - um ponto que, por sinal, os diplomatas brasileiros levantariam durante as negociações do Tratado de Versalhes, o principal documento do pós-guerra, em 1919.
"Apenas entre 1914 e 1915 as vendas de café caíram em um terço em função do bloqueio naval estabelecido pela Grã-Bretanha para produtos de países neutros", explica o historiador canadense Rodrick Barman, especialista no Brasil dos séculos 19 e 20.O congelamento nas concessões de crédito internacional foi outro duro golpe na economia brasileira.
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