• Matéria: Matemática
  • Autor: Solovay
  • Perguntado 6 anos atrás

Alguém, por favor:
Prove que:

Seja Ω ⊂ \mathbb{R}^n um aberto e considerare a equação eliptica não degenerada
F(.,u,Du,D^2u)=0
onde F é contínua em Ω × R × R^n × S (n) e satisfaz

X ≤ Y in S(n) ⇒ F(x, r, p, X) ≤ F(x, r, p, Y )
(S(n) conjunto das matrizes simétricas nxn)

Se u é uma solução de viscosidade em Ω, u resolve a equação parcial F classicamente diferenciável duas vezes. Por outro lado, se u é duas vezes diferenciável e satisfaz F pontualmente em Ω, então u é uma solução de viscosidade em Ω.


Alguém me de uma luz.!!!

Respostas

respondido por: GarciaHW
2

Resposta:

Explicação passo-a-passo:

Usarei um conceito mais geral de derivada pontual. Existem artigos que abordam esse conceito:

Começo definindo Super-jet de segunda ordem.

J^{2,+}u(x):=\{(p,X)\in \mathbb{R}^n\times S(n): x\to 0, temos: u(x+y)\leq u(y)+p.x+\frac{1}{2}X.x\otimes x+o(|x|^2)\}

e

J^{2,-}u(x):=\{(p,X)\in \mathbb{R}^n\times S(n): x\to 0, temos: u(x+y)\geq u(y)+p.x+\frac{1}{2}X.x\otimes x+o(|x|^2)\}

Obs: Entenda o sub-jet em "P" como as aproximações lineares de um lado

e "X"as aproximações quadráticas desse mesmo lado.

Vamos iniciar a demonstração:

(\Rightarrow) Considere  sendo uma solução de viscosidade. Suporemos que  u é de classe C^2.

Por consequência da definição de Super-Jet, decorre o seguinte

(Du(x),D^2u(x))\in J^{2,\pm}u(x)

Sendo u uma solução de viscosidade, temos o seguinte:

0\leq F(x,u(x),Du(x),D^2u(x))\leq 0

(Sugiro uma leitura em: K. S. Mallikarjuna  Introduction to the Theory of Viscosity  Solutions)

Portanto, u é solução pontual da equação F.

(\Leftarrow)Por outro lado, vamos supor que u seja duas vezes diferenciável e solução clássica da equação parcial F.

Nessa parte da demonstração vemos o grande interesse em se estudar soluções de viscosidade. Em geral, não é verdade que solução clássica é uma solução de viscosidade em Ω.

Dada a complexidade da prova, o uso do conceito de "Jet" nos oferece uma prova alternativa.    

Vamos fixar um ponto x em \Omega de tal modo que u seja C^2 nesse ponto. Logo, o super-jet relativo a esse ponto e a essa solução é não vazio, então

existe p ∈ ,

u(z + x) − u(x) ≤ p^+.z+o(|z|)

−u(z + x) + u(x) ≤ -p^{-} · z + o(|z|)

como z\to 0. Temos z := εw, onde ε > 0 e |w| = 1. Dessas desigualdades obtemos

p^{-}-p^{+}.w=\leq \frac{o(\varepsilon)}{\varepsilon}, \varepsilon \to 0

De posse disso, passamos o limite

|p^--p^+|=\max_{|w=1|}\{(p^--p^+).w\}\leq 0

o que resulta

u(z+x)=u(x)+p.z+o(|z|), z\to 0

Isto equivale a dizer que p=Du(x).

Assim, dado qualquer ponto (p,X) em J^{2,+}u(x) obtemos do fato de F ter elipticidade não degenerada que

0\leq F(x,u(x),Du(x),D^2u(x))=F(x,u(x),p,D^2u(x))\leq F(x,u(x),p,X)

Por fim, obtemos que u é solução de viscosidade da EDP F. Então fica provado o teorema.

                                                                                                                    \square

Caso de dúvida, comente que eu retorno a explicação.

att

GarciaHW


Solovay: Genial.
Solovay: é lindo de ver
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