A fim de dar exemplos de sua teoria da "alma exterior", o narrador-personagem do conto "O espelho", de Machado de Assis, refere-se a uma senhora conhecida sua "que muda de alma exterior cinco, seis vezes por ano". E, questionado sobre a identidade dessa mulher, afirma: "Essa senhora é parenta do diabo, e tem o mesmo nome: chama-se Legião..." Considerando o contexto dessa frase no conto, pode-se dizer que ela constitui a) uma crítica à noção de alma exterior como resultante da influência do mal. b) uma consideração cômica que ressalta o nome inusitado da senhora. c) uma condenação do comportamento moral da senhora em questão. d) uma ironia com a inconstância dos valores sociais associados à alma exterior.
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Considerando o contexto dessa frase no conto, pode-se dizer que ela constitui:
d) uma ironia com a inconstância dos valores sociais associados à alma exterior.
Quando o autor fala que o nome da senhora é "Legião", fica claro que ele não está falando de fato de uma mulher, mas sim da sociedade.
No caso, ele está remetendo à opinião pública e aos valores defendidos por ela.
Essa "legião" muda de alma exterior cinco, seis vezes por ano, o que indica a volubilidade e inconstância dos valores que ela defende.
A intenção do autor é ironizar a hipocrisia da sociedade, que muda constantemente de valores de acordo com seus interesses.
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