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Logo de início ele desenha uma jibóia que engoliu um elefante e pergunta aos adultos o que viram em seu desenho, e eles responde: Um chapéu. Mas ele não entendia o pq não viam a jibóia, e ele refez o desenho e refez. Porque as pessoas grandes só valorizam coisas grandes? Porque não conseguem enxergar o pequeno? O Novo? Isso acontece porque diante da gama de experiências que elas possuem tudo que vêem remetem à algo que já conhecem, não tentam refletir sobre aquilo que é “novo” e não se abrem para as novas possibilidades. Inclusive, assim como a fenomenologia, a gestalt alega que a percepção é construída a partir da experiência.
Logo após o pequeno príncipe com pane em seu pequeno avião, porém como ele estava sozinho, teve que aprender a ser mecânico e consertar o motor do seu avião sozinho. Depois da primeira noite ele dormiu nas areias do deserto do Saara, quando de repente é acordado por uma criança, pedindo que desenhasse um carneiro.
Vemos também personagens como o rei, que pensava que todos eram seus súditos e não tinha nenhum amigo perto. O contador, que era muito sério e não tinha tempo para sonhos. O geógrafo, que se achava intelectual, mas a geografia do próprio pais não sabia. O bêbado, que bebia não queria beber, mas queria beber para esquecer a vergonha de beber. Logo depois encontrou a raposa, que lhe ensinou o sentido de amizade, a rosa que por si era bonita e muito vaidosa, mas quando ela mentiu sobre de onde veio, ai veio a decepção do pequeno príncipe. E encontrou também uma serpente.
O que mais admirava o pequeno príncipe em seu planeta era a possibilidade de constantemente estar vendo o pôr-do-sol e cuidar de sua rosa. Diante de coisas tão simples, o principezinho construía sua existência por estar aberto e se deixar afetar. A afetação está vinculada com existência autêntica, a partir da vivência dos fenômenos. Trazendo para a Psicologia, a afetação está relacionada tanto com o encontro entre cliente e psicólogo quanto com a compreensão e a realização de uma intervenção mais eficiente e eficaz. A relação que o pequeno príncipe tinha com sua rosa era ímpar, ele se deu conta disso em seu encontro com o geógrafo, quando descobriu que as flores são efêmeras.
O Pequeno Príncipe vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões. O orgulho da rosa, que também vivia no planeta do Pequeno Príncipe, arruinou a tranquilidade e o levou a uma viagem que o trouxe finalmente a Terra, onde encontrou a raposa que o levou a começar a descobrir o que é realmente importante na vida – o amor, a amizade e o companheirismo. Assim, cada personagem mostra o quanto às “pessoas grandes” se preocupam com coisas inúteis e não dão o devido valor às coisas. Isso tudo pode ser traduzido por uma frase da raposa, personagem que ensina ao menino de cabelos dourados o segredo da amizade.
É uma obra que nos mostra uma profunda mudança de valores, que ensina como nos equivocamos na avaliação das coisas e das pessoas que nos rodeiam e como esses julgamentos nos levam a solidão. Nós nos entregamos a nossas preocupações diárias e esquecemos a criança que fomos. Pelas mãos desse menino o leitor recupera a meninice, abrindo uma brecha no tempo. Voltamos a sentir o perfume de uma estrela e a ouvir a voz de uma flor... Com ele reconquistamos a tranquilidade e a liberdade, deixando alojar se pela beleza, apossar-se a pouco da sabedoria e do discernimento do que seja essencial. O Pequeno Príncipe é enigmático, profundo, escrito de uma forma metafórica.