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A expressão "Estado mínimo" tem sua origem no neoliberalismo, corrente surgida nos anos 1970 e 1980 que procura reviver o capitalismo clássico, em sua forma mais pura, ou seja, o governo deve agir minimamente em várias áreas, deixando tudo ao livre mercado.
Inevitavelmente, a política do Estado mínimo nos leva ao conceito de meritocracia, aqueles que se esforçam mais, ganham mais e vão mais longe, é até lógico, não?
E é ai que surgem os reflexos dessa política na vida dos cidadãos:
Um país que se guie pela política neoliberal dificilmente vai investir em políticas sociais e de inclusão, mas pelo contrário, vão ser propostas cada vez mais políticas de arrocho social.
Isso se acentua ainda mais em países cujas desigualdades são gritantes, como o Brasil. Um Estado mínimo não vai oferecer saúde pública ou educação pública, já que ele prega a não interferência estatal, deixando os cidadãos à mercê de instituições privadas (e que pena de quem não puder pagar por uma boa escola ou por um plano de saúde).
Esse é um dos problemas que os E.U.A. e vários países estão enfrentando nessa pandemia do Sars-Cov-19. Os planos de saúde são extremamente caros por serem de instituições privadas e nem todos podem pagar. Com certeza vai existir casos de pessoas que pagaram uma fortuna ou simplesmente faliram pra fazer o teste do covid-19 ou o tratamento do mesmo.
Outro problema seria na extinção dos direitos trabalhistas (ou perto disso), o Estado não regularia as relações trabalhistas, acarretando no encerramento das CLTs. Assim, isso forçaria que o patrão e o trabalhador façam um acordo entre si sobre o quanto será pago, carga horária, etc. Em um país com grande mão-de-obra de reserva, ultrapassando os 10 milhões de desempregados, isso acarreta na exploração do proletariado.
Ex.: Patrão te oferece R$300 por mês pra fazer algum serviço X, se você não aceitar e exigir aumento, ele simplesmente não te contrata e chama o próximo, porque tem quem aceite, já que temos muitas pessoas precisando urgente de qualquer renda pra sobreviver. O trabalhador é substituível, entende? E não tem um Estado que obrigue ele a pagar um salário mínimo.
O Estado mínimo acarreta em consequências negativas principalmente para as parcelas menos favorecidas da sociedade, mas positivas para os grandes empresários, políticos e demais classes favorecidas.