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O Renascimento (ou Renascença, Renascentismo) foi, ao mesmo tempo, um período histórico e um movimento cultural, intelectual e artístico surgido na Itália, entre os séculos XIV e XVII, e atingiu seu ápice no século XVI. Como sabemos, renascimento significa, literalmente, nascer novamente. Por isso, esse termo foi utilizado para indicar o movimento de retomada da cultura clássica greco-romana. Embora a Itália, especialmente Florença, sejam consideradas o berço da Renascença, ela se expandiu para outras regiões europeias, tais como Alemanha, Flandres e o norte dos Alpes.
Vejamos alguns acontecimentos históricos que contribuíram para o seu desenvolvimento. O Renascimento está situado num período de transição entre a Idade Média e a Modernidade, o que corresponde ao final do Feudalismo e início do Capitalismo. Naquele momento, uma importante mudança no modo de perceber o mundo estava ocorrendo: passava-se de um pensamento predominantemente teocêntrico - onde tudo se explica a partir de uma origem divina - para uma visão de mundo antropocêntrica, onde o homem assume papel central em relação ao universo. Tais pensamentos resultaram no surgimento do Humanismo, um movimento intelectual que se dedicou a valorizar a condição humana e suas múltiplas possibilidades de realizações e descobertas em variados campos do saber, tais como a ciência, a literatura e as artes.
Explicação:
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Em geral, os cientistas dessa época organizavam suas pesquisas através de observações e experimentos capazes de suscitarem novas questões científicas e elaborar outras formas de conhecimento. Historicamente, essa nova atitude com relação ao mundo estabelecia um grande marco na produção do saber. Afinal, através da razão, os homens desse tempo rompiam com o monopólio de conhecimento exercido pela Igreja ao longo da Idade Média.
Na astronomia, a comprovação da teoria heliocêntrica, onde a Terra girava em torno do Sol, estabelecia a quebra da antiga concepção geocêntrica que defendia que o Sol girava em torno da Terra. O primeiro a estipular essa nova tese foi Nicolau Copérnico (1473 - 1543), que passou vários anos atuando como professor na cidade italiana de Pádua. Logo depois, Galileu Galilei (1564 – 1642) comprovou essa teoria através de cálculos e do uso de um telescópio desenvolvido por ele mesmo.
Aclamado como um dos pais da Física Moderna, Galileu também foi de grande importância para a realização de estudos que fundamentaram a lei da queda dos corpos. Ainda com relação à Física, não podemos deixar de fazer a devida menção a Leonardo da Vinci. Considerado um dos maiores nomes da Renascença, esse estudioso italiano contribuiu nesse campo com a realização de experimentos relacionados à hidráulica e à hidrostática.
Nas ciências médicas, Mundinus teve grande importância na dissecação de cadáveres para o conhecimento da anatomia humana. Após ele, vários outros interessados pela anatomia conseguiram desvendar algumas estruturas formativas do corpo. Falópio realizou o estudo que comprovou a presença dos ovidutos, também conhecidos como trompas de Falópio; Miguel Servet e William Harvey obtiveram novas informações sobre a circulação sanguínea; e Estáquio investigou as estruturas do ouvido humano.
Indicando o intercâmbio de conhecimento dessa época, devemos também destacar as descobertas de Johan Kepler (1571 – 1630). Retomando as teorias de Copérnico, ele não só comprovou que os planetas giravam em torno do Sol, mas também demonstrou que a órbita deste, formava uma elipse. Ainda no campo da medicina, o suíço Paracelso (1493 – 1541) comprovou a importância dos estudos químicos para o desenvolvimento do saber médico.
De forma geral, observamos que os vários estudiosos da Renascença foram de suma importância para que a obtenção de conhecimento fosse modificada. Ao invés de contemplar e aceitar os fenômenos naturais enquanto manifestação da natureza divina, os homens dessa época acreditaram que o experimento e o uso de argumentos racionais pudessem revelar as “engrenagens” que movimentavam o mundo à sua volta.