Respostas
Explicação:
A colisão entre o mundo político fragmentado dos gregos (aqueus, jônios, dórios e eólios) e o enorme império dos persas começara pela disputa sobre a Jônia na Ásia Menor, quando as colônias gregas da região, especialmente Mileto, tentaram livrar-se do domínio persa.
Esta região da Jônia era colonizada pela Grécia, mas durante a expansão persa em direção ao Ocidente, Ciro, o Grande conquistou-a em 547 a.C. Lutando para governar as cidades independentes jônicas, os persas nomearam tiranos para governar cada uma delas. Isso provaria ser a fonte de muitos problemas tanto para os gregos quanto para os persas.
Em 499 a.C., o tirano de Mileto, Aristágoras, embarcou em uma expedição para conquistar a ilha de Naxos com o apoio dos persas. Fracassando no seu intento, e antecipando a sua remoção do cargo, Aristágoras incitou toda a Ásia Menor helênica a entrar em rebelião contra os persas. As colônias, lideradas por Mileto e contando com a ajuda de Atenas e Erétria, promoveram uma revolta, dando início à revolta jônica, que duraria até 493 a.C., e progressivamente atraindo mais regiões para o conflito.
Essas revoltas levaram o xá aquemênida Dario, o Grande, a lançar seu poderoso exército sobre a Grécia continental, dando início às Guerras Médicas. O que estava em jogo era o controle do comércio marítimo na região.
Império Aquemênida em seu apogeu em 500 a.C.
Aplacando a insurreição e buscando assegurar a integridade de seu império de novas revoltas e da interferência dos gregos continentais, Dario esquematizou uma expedição punitiva à Grécia continental. A primeira invasão persa da Grécia começou em 492 a.C., com o general persa Mardônio subjugando a Trácia e a Macedônia antes que vários contratempos o obrigassem a pôr um fim prematuro ao resto da campanha.
Resposta:
As Guerras Médicas foram conflitos ocorridos durante o que chamamos de Período Clássico da Grécia Antiga, especialmente entre os anos de 490 e 479 a.C., entre os gregos e os persas. Por isso muitas vezes elas são chamadas também de Guerras Greco-Persas. O conflito entre os dois grupos ocorreu em torno do poder e do controle do comércio marítimo.
Os gregos foram formados por diversos povos: aqueus, jônios, dórios, eólios. Do outro lado estavam os povos medo-persas, que formavam o Império de Aquemênida, comandado por Dário I, que era um ponto importante sobre o Mediterrâneo. À época os gregos estavam em processo de expansão e colonização. Durante o Período Arcaico – que antecedeu o Período Clássico – houve um crescimento populacional entre os gregos, e as terras agrícolas do seu território não eram suficientes para subsistência de sua população. Assim, os gregos expandiram-se e conquistaram novas regiões, em um processo de colonização que teve como prática a fundação de colônias ao longo do Mar Mediterrâneo e do Mar Negro. Esse processo de expansão fomentou o comércio marítimo entre as colônias e por todo o Mediterrâneo. Neste cenário de conquista de novas terras os gregos articulavam conquistas no oriente, e a proximidade com a Ásia Menor era estratégica. No século VI a.C. as cidades gregas da costa da Anatólia já estavam sob dominação persa. Uma das regiões colonizadas pelos gregos foi a Jônia, atual Turquia. E a disputa pela Jônia foi o pontapé inicial para as Guerras Médicas. A expansão persa sobre o ocidente colocou limites à expansão grega sobre o oriente, limitando sua capacidade de dominar e estender rotas. Mileto, por exemplo, estava localizada em um ponto estratégico e exercia hegemonia na região do Mar Negro, que era fundamental para o controle do estreito de Bósforo. Ao olhar um mapa da região percebe-se como o Estreito de Bósforo fazia a conexão entre o território grego e o oriente e portanto, figurava como ponto estratégico para o comércio marítimo e como porta de entrada que separava oriente e ocidente. Por ele passavam diversos produtos para suprimento, como trigo e peles.