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voleibol foi criado em 1895 pelo norte-americano Morgan, diretor da Associação Cristã de Moços (ACM) com o nome de mintonette. Esse esporte foi elaborado baseado no basquetebol e no tênis, sendo menos cansativo do que o basquete, tornando mais fácil a sua prática entre os idosos da ACM (Marques Junior, 2012). Outra vantagem do voleibol, ele era uma atividade mais lúdica do que a ginástica e poderia ser jogado no ginásio durante o rigoroso inverno norte-americano.
Apesar do interesse inicial com a prática do voleibol, sua difusão foi pequena (Bizzocchi, 2004). Porém, na 1ª Guerra Mundial – 1914 a 1918 (American Volleyball Coaches Association, 1997) e na 2ª Guerra Mundial – 1939 a 1945 (Shewman, 1995), foi o momento que aconteceu a difusão do voleibol através dos soldados norte-americanos, principalmente na Europa, nas horas de lazer eles praticavam o esporte e os prisioneiros de guerra tomaram o conhecimento dessa atividade. Aos poucos o voleibol passou a ser jogado em diversos países do mundo. A figura 1 apresenta os soldados norte-americanos jogando voleibol.
Figura 1. Prática do voleibol pelos soldados norte-americanos da 2ª Guerra Mundial (Shewman, 1995)
E no Brasil, como o voleibol foi difundido?
O voleibol chegou ao Brasil em 1915 ou em 1916, mas somente em 1923 ocorreu à primeira iniciativa de difusão desse esporte, o Fluminense do Rio de Janeiro promoveu o primeiro torneio dessa modalidade. Entretanto, mesmo assim o voleibol continuou sendo pouco praticado até os anos 60, principalmente pelo sexo masculino porque eles achavam seus gestos afeminados (Marques Junior, 2012b). Mas para as meninas e mulheres, a prática do voleibol era incentivada, não existia contato físico (era considerado pouco violento) e os seus fundamentos eram elegantes quando as mulheres praticavam (Dalsin e Goellner, 2006).
Os anos 70 o voleibol começou a ser popularizado no Brasil, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) organizou em 1977 o 1º Mundial Juvenil, a equipe masculina terminou em 3º lugar e a feminina em 4º lugar (Silva, 1977). O único problema dessa disputa foi o preço dos ingressos que diminuiu um pouco a quantidade de pessoas assistindo, sendo recomendado estudo sobre esse problema já que a CBV tinha a meta de sediar o Mundial adulto de voleibol que seria em 1982. Mas nos anos 80, em especial em 1982, após a vitória da seleção brasileira masculina de voleibol por 3 sets a 2 sobre a União Soviética no Mundialito que esse esporte realmente se difundiu no Brasil, vindo ser praticado pelos jovens e isso continua até nos dias atuais (Valporto, 2007).
Isso ocorreu graças os excelentes resultados do voleibol brasileiro nos anos 80, por causa de uma geração de jogadores muito talentosos, também, a comissão técnica dispunha de uma equipe muito competente e com conhecimento científico muito atualizado. Outro fator que contribuiu com a difusão do voleibol no Brasil, foi o presidente da CBV, tinha idéias ousadas para época e com a meta de conquistar uma medalha olímpica e ainda, a mídia se interessou pelo voleibol, os jogos passaram a ser transmitidos ao vivo.
Então, o objetivo do estudo foi apresentar a história do voleibol no Brasil e o efeito da Educação Física nessa modalidade nos anos 80.
Evolução do voleibol brasileiro e da Educação Física do Brasil no anos 80
Os anos 80 foi um prosseguimento do trabalho efetuado na década de 70. Os jogadores da seleção brasileira do Mundial Juvenil masculino de 1977 (Granjeiro, Amauri, Renan e Montanaro) que tiveram oportunidade de se juntar aos jogadores que disputaram a Olimpíada de 1976 (Suíço, Bernard – foi cortado do Mundial juvenil de 77, William e Moreno – capitão e atleta de voleibol mais admirado pelo Prof. Dr. Manoel José Gomes Tubino, atacava com os dois braços, isso aconteceu após uma lesão no ombro, para continuar em atividade voleibolística, esse atleta desenvolveu habilidade com o braço esquerdo, Comunicação Pessoal de Tubino com o autor na disciplina Esporte no Brasil do Mestrado da UCB, no 2º quadrimestre de 2008) competiram na Olimpíada de 1980.
Também foi integrado ao grupo dois jogadores cortados do Mundial Juvenil de 1977 (Badalhoca, também conhecido por Badá e Bernardinho, que futuramente se tornaria um técnico recordista de títulos, somando as vitórias na seleção brasileira e nos clubes que dirigiu) e dois jogadores participantes de outras seleções (Xandó e Deraldo). O técnico dessa seleção masculina foi Paulo Russo e seu auxiliar técnico era Paulo Marcio Nunes da Costa. Essa equipe obteve um honroso 5º lugar, naquela ocasião era uma vitória. A figura 2 mostra a equipe que disputou os Jogos Olímpicos de 1980 e a figura 3 mostra como a equipe foi formada através da união de diversas seleções.
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