Pode-se dividir a história da civilização do Egito Antigo em três períodos: o Antigo Império (3200 a 2300 a.C.), o Médio Império (2050 a 1580 a.C.) e o Novo Império (1539 a 715 a.C.)
Sintetize cada um desses períodos da história do Egito Antigo.
Respostas
Resposta: Explicação:
o Antigo Império (3200 a 2300 a.C.)
reino do Egito começou com a unificação de nomos, que eram comunidades independentes umas das outras, e que primeiro se fixaram no vale do rio Nilo. A unificação foi entre os nomos da região do Alto Egito (sul do rio Nilo) e Baixo Egito (delta do rio Nilo).
A unificação foi liderada por Menés, que era o líder do nomo do Alto Egito e veio a se tornar o primeiro faraó (rei do Egito). Esse evento deu início ao peŕiodo do Antigo Império, que durou mais de mil anos.
Durante essa fase, houve a organização de um sistema monárquico, com os poderes concentrados nas mãos do faraó, considerado uma figura divina. O governo era teocrático, isto é, a política e as leis eram submetidas à religião do reino.
Nesta fase também foram erguidas, pelos faraós da 4ª dinastia (os principais foram Queóps, Quéfren e Miquerinos), as grande pirâmides de Gizé, que se tornaram símbolos da civilização egípcia.
O período do Antigo Império foi, em sua maioria, estável. Teve uma pequena instabilidade com a revolta dos nomarcas (chefes dos nomos), o que levou a conflitos internos e desorganização da produção. O Egito só sofreu sua primeira invasão no período do Médio Império.
Médio Império (2050 a 1580 a.C.)
Esse período foi marcado pelo desenvolvimento de novas técnicas de irrigação, elaboradas pelas XII dinastia. Essas novas técnicas levaram a uma expansão da área de cultivo e trouxeram prosperidade para o reino.
Contudo, este período também foi marcado pela invasão de povos da Ásia, chamados de hicsos. Eles dominaram territórios do Egito por conta do seu uso de carros de guerra e armas de ferro. Os hicsos se estabeleceram no delta do Nilo e isolaram os faraós em Tebas, que era a capital do Egito durante o Médio Império. Essa invasão permaneceu por dois séculos, até o período do Novo Império.
Novo Império (1539 a 715 a.C.)
A dominação pelos hicsos levou a um impulso militarista pelo faraó Amósis I, que resultou na expulsão dos hicsos do território egípcio e na escravização dos hebreus. Isso abriu portas para a expansão do Império Egípcio.
No governo do faraó Tutmés II (1480 a.C. -1448 a.C.) se deu a maior expansão do império, levando o domínio egípcio até o rio Eufrates, na Mesopotâmia.
Ramsés II (1295 a.C. - 1225 a.C.), expandiu o domínio do Egito até a região da Palestina e da Síria. O Egito passa a ter um caráter militarista e expansionista, tornando-se o primeiro império mundial. E, assim, vive o seu apogeu até 1100 a.C., período onde o faraó perde poder e inflûencia, sofrendo insubordinações de seus sacerdotes e exércitos, o que levou a perda do comando para os assírios, em 622 a.C.
Vale ressaltar que, durante este período, também houve uma revolução religiosa pelo faraó Amenófis IV (1377 a.C. - 1358 a.C.), passando de uma religião politeísta para monoteísta, cultuando apenas o deus Aton. Amenófis chegou a mudar o seu nome para Akhenaton, que significa “aquele que agrada Aton”. Após sua morte, os sacerdotes anularam essa mudança, restabelecendo o politeísmo novamente