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Olá, tudo bem?
os reflexos da violência urbana no comportamento das famílias
A reportagem feita pela RBS em 21/07/2016 tem como temática todas as transformações que estão ocorrendo nas famílias no Rio Grande do Sul, tendo em vista a violência.
As pessoas tem medo de sair sozinhas à noite, de tirar dinheiro do bando, de estacionar o carro,de deixar as crianças brincarem na rua.
O medo de ser sequestrado, agredido ou assaltado tornou-se uma marca nas grandes cidades e - a bem da verdade - nas cidade menores também.
Sente-se a falta de atuação do poder público e, por conta disto, cada um cuida de se defender como pode, rodeado de cadeados, câmeras, grades e toda parafernália que existe para nos defendermos da violência.
A psicóloga Letícia Maria Schabbach, integrante do Grupo de Pesquisa Violência e Cidadania da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) explica que " Infelizmente, não há como negar que a sensação coletiva de medo tem bases concretas hoje em dia. Ela não é fruto de uma ficção. A criminalidade cotidiana assusta" e continua "Quem está crescendo sob o espectro da violência, ainda que nunca tenha sido vítima de algum ataque, acaba tendo de se adaptar a uma vida em que tudo o que não está sob o próprio controle ou dos familiares mais próximos pode ser temido. Não sem razão. "
O medo acompanha o ser humano desde que este pisou na Terra, mas existe aquele medo que te ajuda a se proteger e o crescente e recente medo da violência,
O Dr. Renato Nunes Bittencourt, doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acredita que " Desde as eras antigas o ser humano vive em estado de medo. A grande questão é que, na modernidade, o medo se tornou totalitário. A perpetuação desse estado de medo, quando se considera que nada é digno de confiança, que o mal está espalhado por toda parte e que as ameaças estão nos espreitando mesmo nas situações mais sutis, é preocupante"
Pessoas que passam por situações de violência ficam traumatizadas, com ataques de pânico , insônia, stress , e outros males.
Contudo conviver com o medo está se tornando um padrão, mas não devia ser assim, isto é um ponto fora da curva do desenvolvimento humano.
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman definiu em sua obra Confiança e medo na cidade que as metrópoles do nosso tempo tornaram-se espaço de medo e insegurança. Resume-se tudo na rase: Quer segurança? troque-a pela sua liberdade.
Com isto sofrem as crianças criadas como bibelôs e que não podem mais sair para brincar na rua ou mesmo num parque sem estarem sendo vigiadas por alguém. " A exposição ao medo durante o desenvolvimento, especialmente na infância, pode ter consequências de longo prazo na vida das pessoas " afirma o psiquiatra Rodrigo Grassi de Oliveira, coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trauma e Estresse (Nepte), na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
O contraponto é que buscamos segurança para vivermos com mais qualidade de vida e quando nos instalamos em nossos quarteis esta qualidade de vida balança.
" Penso que uma das consequências do medo é uma atitude conservadora em relação à sociedade em geral e à mudança. Nos tornamos medrosos, intimidados, por causa do medo " completa Ben Highmore, professor do centro de estudos culturais na Universidade de Sussex, no Reino Unido, que tem como principal linha de pesquisa a relação entre medo e segurança.
Existem pessoas que acham que estar vivendo com a insegurança é um processo adaptativo, logo fará parte do nosso dia a dia.
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Sucesso nos estudos!!!
