Não existe um alimento milagroso que vá nos
proteger contra o coronavírus ou qualquer
outra doença contagiosa, mas o conjunto de
bons hábitos à mesa fortalece as nossas
defesas, além de prevenir as doenças
cardiovasculares, diabetes e obesidade, que
fazem com que as infecções se tornem ainda
mais graves. “A dieta tem papel fundamental
na manutenção e fortalecimento do
organismo, pois é responsável por fornecer
nutrientes essenciais para todas as funções
orgânicas, inclusive as imunológicas”, afirma
Marcela Garcez, médica nutróloga de São
Paulo e diretora da Associação Brasileira de
Nutrologia (ABRAN).
Os alimentos, portanto, não curam doenças,
mas dão subsídios para o corpo reagir a
agressões e antígenos, substâncias estranhas
ao organismo que desencadeiam a formação
de anticorpos. O cuidado com o que
comemos é ainda mais importante depois dos
50 anos, já que a nossa imunidade tende a
cair com a idade. “O organismo vai perdendo
a capacidade de reconhecer e atacar os
antígenos, o que deixa mais lenta a nossa
resposta imunológica” explica Ana Luiza
Vilela, médica nutróloga de São Paulo.
Para reforçar a imunidade, a resposta é
conhecida: manter uma alimentação saudável.
“Inclua na dieta o máximo possível de
alimentos naturais e integrais, como frutas,
verduras, legumes, cereais integrais e
sementes”, recomenda Francisco Tostes,
endocrinologista do Rio de Janeiro. Por outro
lado, a falta de alguns de nutrientes afeta
diretamente o funcionamento das células.
“Alimentos com alto teor de gordura
saturada, sal e açúcar e pobres de cálcio,
zinco e vitaminas prejudicam a imunidade”,
fala o endocrinologista. A boa notícia é que
as apostas são os itens que já fazem parte da
dieta saudável. Abaixo, alguns principais
nutrientes que turbinam as nossas defesas.
Ferro: é um dos principais agentes do
sangue, pois ajuda na fabricação das células
vermelhas e transporte de oxigênio -- por isso
que o corpo precisa estar com ele em dia.
Pode ser encontrado em vegetais verde-
escuros, como brócolis, espinafre e couve; e
leguminosas, como grão-de-bico, lentilha,
ervilha e feijão.
Selênio: o mineral que pode ser encontrado
na castanha do Pará e outras sementes
oleaginosas, arroz integral e ovos, aumenta a
resistência do sistema imune, além de
diminuir o risco de doenças cardiovasculares
e ajudar na desintoxicação do organismo.
Vitamina A: fortalece o sistema imunológico
ao diminuir os danos no DNA das células. As
melhores fontes são os vegetais ricos em
carotenoides (substâncias que serão
transformadas em nesta vitamina no
organismo) como cenoura, abóbora, mamão,
manga, couve, espinafre e agrião, e também
ovos, peixes e frutos do mar.
Vitamina B6: é importante para a
manutenção do sistema imunológico, pois
participa de mais funções orgânicas do que
qualquer outro nutriente isolado, auxiliando
no metabolismo de proteínas e gorduras para
formação de hemoglobina. Pode ser
encontrada na batata inglesa, aveia, banana,
gérmen de trigo, abacate, levedo de cerveja,
cereais, sementes, nozes, espinafre, carne de
porco, peixe, leite e ovos.
Vitamina C: é uma ótima protetora contra
doenças, em especial as virais, já que ajuda
na manutenção dos linfócitos – que são
responsáveis pela imunidade viral por
atuarem na regeneração celular na
manutenção de pele e mucosas. Presente em
frutas cítricas, pimentão, acerola e alho.
Vitamina E: encontrada em alimentos como
cereais, abacate, óleos vegetais, carnes e
ovos, é necessária para o bom funcionamento
de órgãos vitais, além de ter alta propriedade
antioxidante, útil para retardar o
envelhecimento das células, processo que
também interfere no desempenho do sistema
imune.
Zinco: atua na composição de enzimas que
participam tanto do metabolismo celular
como da imunidade e da cicatrização. Entre
as fontes, destaque para carne, ostras,
sementes de abóbora e amêndoas.
Outras apostas são os probióticos, presentes
em iogurtes e leite fermentado, que, além de
estimularem o sistema imune protegem as
barreiras intestinais, importante contra as
infecções. Ervas e condimentos -- gengibre,
alho, cebola, cúrcuma, cacau, salsa,
manjericão e orégano -- também têm ação
pró-defesa. “Mas não adianta tomar suco com
gengibre e achar que está protegida. O
contexto deve ser levado em conta, como o
aporte diário de calorias e nutrientes”, reforça
Alessandra Luglio, nutricionista vegetariana
de São Paulo em live na sua mídia social. Ela
alerta também que não é o momento para
fazer dietas restritivas: “Quando consumimos
menos do que precisamos, nosso corpo entra
em alerta e vai dividir as calorias entre todas
as funções, incluindo a imune”.
Dá para auxiliar o sistema imunológico com a
alimentação, mas precisa contar também com
a ajuda dos bons hábitos. Tomar água,
praticar atividade física e dormir bem são
ações que contribuem para o organismo como
um todo, incluindo o sistema imune.
Leiam com atenção e façam uma resenha de como você pode se alimentar melhor, e dessa forma ter maiores chances no combate ao vírus.
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Não saindo para fora de casa, usar máscara para qualquer urgência e emergência
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