• Matéria: Ed. Técnica
  • Autor: vitoriafrançagabi
  • Perguntado 6 anos atrás

O que é modificação geográfica relacionada á tecnologia?

Respostas

respondido por: banticootflash
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Resposta:Manter esse conhecimento, que é vital para sobrevivência da espécie, transforma o ato de Geografar em uma necessidade e, por consequência, em uma disciplina. Nesse sentido, o ensino da Geografia está presente na sociedade desde os primórdios. Remonta às pinturas rupestres e chega até os dias atuais, com mapas dinâmicos gerados por IA.

É preciso separar o que é geografia, ensino e as tecnologias do momento que são utilizadas para realizar esses dois primeiros itens com qualidade. Afirmo que GPS, Bússola, Satélites, Software de SIG, e por aí vai, não constituem a Geografia.

Esses itens são tecnologias que permitem capturar processos ou demonstrar fenômenos que precisam ser conectados a outros contextos temporo-espaciais para, aí sim, fazermos uma análise geográfica. O mesmo acontece com a sala de aula, mais especificamente com o ensino de Geografia.

Vou dar um exemplo, para que fique mais clara a diferença entre o que é a essência da Geografia e o que são “recursos tecnológicos” para ensinar. Imaginem um professor querendo ensinar seus alunos sobre as forças endógenas (estruturantes) e exógenas (esculturantes) que atuam sobre a terra.

Nesse conteúdo clássico do ensino de Geografia, o foco não deve estar em “O QUE” são forças endógenas e exógenas, pois isso seria apenas um nível da etapa de cognição, que é o de dar a informação. O mais importante é problematizar com os alunos o “POR QUE” essas forças são importantes para a vida no planeta e, por consequência, para a existência dele próprio como indivíduo.

Ainda nesse exemplo, se o professor usar um desenho no quadro, pedir para ver no livro ou mostrar um vídeo na internet de vulcões e furacões, o recurso didático utilizado, ou seja, a técnica é apenas um meio para tal. Contudo, faz muita diferença se ele usar a melhor motivação possível, no melhor contexto para aqueles alunos específicos e com os recursos tecnológicos mais adequados.

Já imaginaram o uso de hologramas ou óculos de Realidade Virtual, conectados em um game global, onde alunos do Brasil poderiam ver e conversar com alunos que moram em áreas de risco de erupção vulcânica? E o objetivo seria tentar entender a riqueza do solo vulcânico ou buscar prever, atuar e evitar estar na rota de um rio de lava.

Em contrapartida, alunos brasileiros explicariam as chuvas torrenciais, o processo de previsão do tempo, o calor tropical e o motivo de não termos vulcões ativos, mas termos regiões com piscinas termais e solos também ricos para atividade agrícola.

Só de pensar em como as TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) estão evoluindo tão rápido, leva-nos a imaginar em como a aula de Geografia pode ser a EXPERIÊNCIA MAIS FANTÁSTICA, e dá até vontade de voltar agora para sala de aula e ser aluno novamente.

A grande questão que se pretende levantar é: as tecnologias são passageiras, momentâneas, mas devem sempre ser utilizadas da melhor maneira possível. O que é permanente são as complexas relações entre homem-meio, e o conhecimento Geográfico, seja ele vivido, estudado ou ensinado, deve ser incentivado de maneira muito qualificada, pois é vital para nosso dia-a-dia, para nosso entendimento no mundo e também para o sucesso das organizações públicas e privadas.

Por fim, o mundo e as sociedades do passado precisaram de (e prosperaram com) o auxílio da Geografia. No entanto, o mundo e a sociedade do futuro precisarão ainda mais desses conhecimentos, pois a velocidade e complexidade das relações demandam, crescentemente, do olhar geográfico e da prática que dele se depreende.

Para trazer mais sobre este assunto, convido você a participar do meu curso online gratuito sobre Tecnologia e Ensino na Geografia, que desenvolvi aqui no GEOeduc.

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