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O Neoplatonismo é uma das últimas escolas filosóficas da antiguidade Greco-pagã, fundada por Amônio Sacas no século II da Era Cristã. Seu representante máximo é o filósofo egípcio Plotino que teve como discípulo Porfírio, outro neoplatônico, que intentava demonstrar a compatibilidade entre as filosofias de Platão e Aristóteles, além de difundir o neoplatonismo.
O neoplatonismo visava, a partir de uma síntese do Platonismo, Aristotelismo, Estoicismo e Pitagorismo, legitimar verdades religiosas supostamente reveladas aos homens. Há, portanto, um profundo caráter místico e espiritualista intencional nas escolas neoplatônicas que servirá de base para a posterior fundamentação teórica de religiões monoteístas como por exemplo o Cristianismo. Desse modo, ideias de Plotino, Porfírio, Proclo estão diluídas na teologia e filosofia medieval cristã.
O neoplatonismo contrário ao ver perspectivo, que possibilita diversas interpretações de autores, propunha uma interpretação unitária do pensamento de Platão a partir de chaves de leitura que segundo os filósofos das escolas neoplatônicas seria a única forma de se acessar efetivamente aos textos platônicos sem subverter suas ideias.
É importante ressaltar que o neoplatonismo teve reverberações nos pensamentos posteriores de filósofos da Idade Média, por exemplo: Agostinho de Hypona, Boécio, João Escoto Erígera, Nicolau de Cusa e Giordano Bruno, dentre tantos outros. E isso de antemão já nos mostra a importância filosófica desses filósofos das escolas neoplatônicas, pois sem recorrer aos seus pensamentos grande parte da chamada Filosofia Medieval seria obscura, quando não incompreensível.