ALGUEM PODE FAZER UMA ANALISE DO POEMA "EU, EU MESMO" FERNANDO PESSOA. CONTENDO NA ANALISE RIMA E METRICA, SE SEGUE UM PADRÃO E SE SIM QUAL SERIA ESSE PADRÃO? TEMATICA? FIGURAS DE LINGUAGEM PRESENTES? QUAIS?. LINGUAGEM DA EPOCA EM QUE FOI ESCRITO?
Eu, eu mesmo...
Eu, cheio de todos os cansaços
Quantos o mundo pode dar. - Eu...
Afinal tudo, porque tudo é eu,
E até as estrelas, ao que parece,
Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças...
Que crianças não sei...
Eu...
Imperfeito? Incógnito? Divino?
Não sei...
Eu...
Tive um passado? Sem dúvida...
Tenho um presente? Sem dúvida...
Terei um futuro? Sem dúvida...
A vida que pare de aqui a pouco...
Mas eu, eu...
Eu sou eu,
Eu fico eu,
Eu...
Respostas
O poema "Eu, eu mesmo" do autor Fernando Pessoa, pode ser analisado como um poema existencial, onde o autor utiliza a rima para enfatizar suas indagações, mas não usa métrica nem escansão.
Definimos o poema como existencial, pois o mesmo mostra um diálogo do autor com ele mesmo, sobre os traços de sua personalidade e sobre quem o mesmo seria.
Para enfatizar as indagações sobre sua personalidade e sobre seu eu, Fernando Pessoa utiliza a rima através da repetição do pronome pessoal "eu".
Neste poema de Fernando Pessoa há versos livres e brancos, ou seja, são versos soltos que não possuem métrica e nem rima.
É um poema em forma de uma conversa, em que o poeta desabafa sobre o que pensa e o que sente. Carregado de subjetividade e metalinguagem, Pessoa escreve esse poema de forma bastante introspectiva e cheio de sentimentalismo. Questiona sua existência ao mesmo tempo que constrói sua identidade.
Quanto às figuras de linguagem, temos: personificação em E até as estrelas, ao que parece, Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças... (ao dar vida às estrelas); anáfora em Eu sou eu, Eu fico eu, Eu... (repetição da palavra eu no início dos versos); metáfora em porque tudo é eu (comparação entre tudo e eu); hipérbato em E até as estrelas, ao que parece, Me saíram da algibeira (inversão da ordem direta sujeito + verbo + complemento); paradoxo em Imperfeito? Incógnito? Divino? (oposição de ideias entre imperfeito e divino).
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