TECENDO A MANHÃ
João Cabral de Melo Neto
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
1. Sobre o poema, responda:
a) Qual a ideia principal dos dois primeiros versos?
b) Nos versos seguintes, o poeta passa a ideia de que os galos atiram seu grito uns aos outros como quem lança um fio que tece a manhã como uma teia. Isso seria possível se fosse um galo sozinho? Justifique.
c) No quarto verso da segunda, enfim, surge a __________.
d) Nos últimos versos, como se dá o desfecho do poema?
e) Leia novamente o texto e, a partir das pistas deixadas pelo autor e de sua visão de mundo, o que podem estar representando os galos citados no poema?
f) Por que eles precisam se juntar para tecer a manhã?
g) Você acha que a manhã pode estar representando outras coisas que precisam da união de “galos” para que sejam “tecidas”? O que você citaria?
ATIVIDADE DE LITERATURA
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Explicação:
Qual é prefere de responder??
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