Respostas
Resposta:
Na Idade Média, o modo de organização social e político era o feudalismo, pautado na posse de terras e na relação de suserania e vassalagem. Os vassalos se submetiam a autoridade do seu suserano em troca de terras, a “moeda” da época. Com o crescimento da população feudal, grandes unidades territoriais reivindicavam sua autonomia política, ou seja, cada povo queria um território próprio. Definiam esses territórios, justamente, elementos culturais comuns – um povo com determinada cultura se identificava com um povo de cultura semelhante. Aliado a isso, o surgimento do comércio e das cidades exigia a construção de estradas, portos, pontes e a unificação da moeda. Essas necessidades seriam satisfeitas de maneira muito mais rápida se cada povo tivesse um governante que os representasse: daí a figura do rei. Logo, quando falamos em Estado Nacional dizemos sobre a formação de uma unidade territorial, com características culturais comuns e um povo reunido sob mesmo poder político, ou seja, os países. Os primeiros Estados a se formarem foram Portugal e Espanha, ambos no processo de reconquista (expulsão dos mouros que ocuparam a Europa) A unificação francesa e inglesa se deu mais politicamente, para fortalecer reinos que, separados, tinham pequena importância político-econômica. No âmbito da literatura, é muito importante se ter em vista o processo de unificação italiana e alemã quando dizemos sobre um sentimento nacionalista. O surgimento do sentimento nacionalista estava em consonância com a formação do Romantismo. Da mesma forma que o sentimento do povo era retratado na literatura, esta atuava como elemento de coesão social. Os autores consagrados do Romantismo eram tidos como modelos de sua nação e, não raro, contrastados com outros de outros países. A literatura funcionava como um instrumento de identificação nacional. No Brasil, a formação do Estado Nacional estava vinculada à independência da metrópole portuguesa. É neste sentido que muitos dos modelos europeus serão trazidos para o País e aclimatados ao ambiente colonial.