cite quatro passos no qual o Ministério da Saúde desenvolveu para a promoção da alimentação saudável na escola
Respostas
Resposta:
1º passo – A escola deve definir estratégias, em conjunto com a comunidade escolar, para
favorecer escolhas saudáveis.
Ações de educação alimentar e nutricional e a adoção de práticas criativas de incentivo ao
consumo de alimentos mais saudáveis devem ser desenvolvidas no âmbito escolar, orientando e
incentivando sua comunidade aos aspectos relacionados à promoção da saúde e prevenção de
doenças.
Essas ações podem contribuir para uma vida mais saudável e para a prevenção das
doenças veiculadas por alimentos, das doenças crônicas não transmissíveis (obesidade,
hipertensão, diabetes mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares, câncer) e para o controle das
carências nutricionais, como a anemia por deficiência de ferro, a deficiência de vitamina A e os
distúrbios por deficiência de iodo (bócio).
A identificação de uma pessoa que faça a interlocução, assumindo e facilitando esse
processo, junto aos demais membros da comunidade escolar, é fundamental para garantir a
execução do mesmo. Nas escolas públicas, os Conselhos de Alimentação Escolar - CAE, podem
desempenhar importante papel neste sentido.
Os produtores e fornecedores de alimentação no ambiente escolar devem estar conscientes
da sua responsabilidade com a saúde das crianças, pois normalmente são as únicas opções de
alimentação no local.
É importante formar e fomentar parcerias também fora do espaço institucional da escola,
com ONG´s, empresas e outras instituições que possam contribuir com o processo.
2° Passo – Reforçar a abordagem da promoção da saúde e da alimentação saudável nas atividades
curriculares da escola.
A escola é um espaço ideal para o desenvolvimento de ações voltadas à promoção da
alimentação saudável e prática de atividade física. Assim, a inserção desses temas como
componentes transversais aos currículos do ensino infantil, fundamental e médio pode dar
sustentabilidade às iniciativas de educação em saúde.
Os alunos devem ser estimulados a discutir os benefícios e os riscos à saúde de suas escolhas
alimentares. Incluir no calendário escolar a Semana da Alimentação Saudável, com a participação
de toda a comunidade escolar, pode ser uma das estratégias de trabalho. Essa semana pode ser
realizada no mês de Outubro de cada ano, na Semana Mundial da Alimentação.
3° Passo – Desenvolver estratégias de informação às famílias dos alunos para a promoção da
alimentação saudável no ambiente escolar, enfatizando sua co-responsabilidade e a importância
de sua participação neste processo.
As famílias devem ser informadas das estratégias desenvolvidas pela escola para a
promoção da alimentação saudável, incluindo as mudanças propostas para os serviços de
alimentação da escola, de forma a participarem ativamente deste processo. Assim, passam a
incorporar o tema no seu dia a dia, agindo como importantes aliados no processo e contribuindo
para a modificação dos hábitos alimentares das crianças.
A escola deve promover atividades e encontros onde toda a família possa discutir e aprender
sobre a promoção da alimentação saudável.
4° Passo – Sensibilizar e capacitar os profissionais envolvidos com alimentação na escola para
produzir e oferecer alimentos mais saudáveis, adequando os locais de produção e fornecimento de
refeições às boas práticas para serviços de alimentação e garantindo a oferta de água potável.
A comunidade escolar deve buscar os meios para viabilizar a capacitação dos profissionais
envolvidos, além de sensibilizá-los para a compreensão do alcance das modificações propostas e
para enfrentar o novo desafio de preparar e oferecer produtos mais saudáveis.
Os locais de produção e fornecimento de refeições devem adotar procedimentos que visem
à segurança sanitária dos alimentos ofertados aos escolares. Questões referentes ao abastecimento
de água potável, às instalações, equipamentos e utensílios, ao manejo de resíduos, ao controle de
pragas e roedores e ao fluxo de preparo devem fazer parte da formação dos manipuladores dos
alimentos e estar sob responsabilidade de pessoa comprovadamente capacitada.
Para isso, é importante que a legislação sobre as Boas Práticas de Fabricação de Alimentos
seja de conhecimento dos que trabalham com alimentação na escola e que sejam criadas
condições para a adequação dos espaços e dos seus procedimentos à RDC 216/2004 da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, além de garantir-se o acompanhamento desse processo.