01. “Sócrates: Imaginemos que existam pessoas morando numa caverna. Pela entrada dessa caverna entra a luz vinda de uma fogueira situada sobre uma pequena elevação que existe na frente dela. Os seus habitantes estão lá dentro desde a infância, algemados por correntes nas pernas e no pescoço, de modo que não conseguem mover-se nem olhar para trás, e só podem ver o que ocorre à sua frente”. (PLATÃO. A República [adaptação de Marcelo Perine]. São Paulo: Editora Scipione, 2002. p. 83). em título. Em relação ao mito da caverna assinale Verdadeiro ou Falso:
VERDADEIRO FALSO
a) No mito da caverna, Platão pretende descrever a vida do homem primitivo.
b) Relata a vida dos homens no princípio de seu processo evolutivo.
c) O mito da caverna faz referência ao contraste ser e parecer, isto é, realidade e aparência.
d) Libertar o indivíduo das sombras da ignorância e dos preconceitos.
e) Distinção entre mundo inteligível e mundo sensível.
03. Em Atenas Platão abre sua própria escola chamada:
a) Liceu
b) Ágora
c) Pórtico
d) Academia
e) Jardim
04. Іntеrрrеtаndо о Міtо dа Саvеrnа dе Рlаtãо, quаl о іnѕtrumеntо quе lіbеrtа о рrіѕіоnеіrо que se liberta е соm о quаl еlе dеѕеја lіbеrtаr оѕ оutrоѕ рrіѕіоnеіrоѕ?
a) A poesia
b) А muѕіса
c) А оrаtórіа
d) А Fіlоѕоfіа
e) А рrоѕа
05. Qual o filósofo grego escreveu o livro "A república"?
a) Sócrates
b) Galileu
c) Agostinho
d) Aristóteles
e) Platão
06. Um dos textos mais consagrados da história da filosofia é a alegoria da caverna, escrito por Platão. Sobre esse texto, pode-se afirmar que:
a) se trata de uma obra religiosa que narra o encontro do filósofo com Deus.
b) seu percurso narra o aprisionamento do filósofo, que perde a liberdade de que desfrutava e passa a viver solitário em uma caverna.
c) o texto exalta a importância dos sofistas para o conhecimento filosófico.
d) o texto pressupõe a importância da busca da sabedoria para nos livrarmos das ilusões.
07. Assinale a alternativa que interpreta corretamente o pensamento de Platão:
a) A Alegoria da Caverna demonstra, claramente, que o verdadeiro conhecimento não deriva do “mundo inteligível”, mas do “mundo sensível”.
b) Todo conhecimento verdadeiro começa pela percepção, pois somente pelos sentidos podemos conhecer as coisas tais quais são.
c) Quando traçamos um círculo imperfeito, isto demonstra que as ideias do “mundo inteligível” não são perfeitas, tal qual o “mundo sensível”.
d) As ideias são as verdadeiras causas e princípio de identificação dos seres; o “mundo inteligível” é onde se obtêm os conhecimentos verdadeiros.
08. No mito da caverna há a presença de símbolos. Os prisioneiros simbolizam quem no mito?
09. No mito a caverna simboliza o quê?
10. As sombras simbolizam o quê no mito?
Respostas
Resposta:
01. - c) VERDADEIRA; d) VERDADEIRA; e) VERDADEIRA
03. - d) Academia
04. - d) A Filosofia
05. - e) Platão
06. - d) o texto pressupõe a importância da busca da sabedoria para nos livrarmos das ilusões
07. d) As ideias são as verdadeiras causas e princípio de identificação dos seres; o “mundo inteligível” é onde se obtêm os conhecimentos verdadeiros.
08. O prisioneiro que decide fugir da caverna representa o filósofo, já os prisioneiros que nela permanecem representam as pessoas comuns.
09. Para Platão, a caverna simbolizava o mundo onde todos os seres humanos vivem, enquanto que as correntes significam a ignorância que prendem os povos, que pode ser representada pelas crenças, culturas e outras informações de senso comum que são absorvidas ao longo da vida.
10. As sombras representam o conhecimento ilusório, errôneo: o conhecimento dos sentidos.
Explicação:
Entenda o Mito
Esses prisioneiros que Platão se refere no mito representa cada um nós, claro que na época em que escreveu este mito se referia aos atenienses. Somos presos pelas correntes do preconceito, da ignorância, das opiniões sem fundamento.
As sombras são os falsos conhecimentos que vamos adquirindo ao longo dos anos devida a nossa ignorância e falta de interesse.
A saída da caverna se dá por meio da educação. Por isso é um processo gradual. Neste processo encontramos dificuldades que são as resistências àquilo que é novo, que é diferente, mas conseguiremos vencer por meio da crítica, para não aceitarmos passivamente as coisas.
O caminho da crítica é a filosofia, pois ela busca o conhecimento verdadeiro.
Quem sai é o filósofo, o sábio. Este, portanto, segundo Platão deve governar a cidade, pois tem capacidade de gerir de maneira clara e sabia o governo.
O lado de fora, segundo Platão é o mundo das ideias, onde está às ideias puras e verdadeiras e o sol é o sumo bom, ou seja, a verdade. Já dentro da caverna é o mundo dos sentidos, isto é, uma cópia de tudo que existe fora da caverna (a fogueira cópia do sol; as estátuas cópia dos seres que vivem fora).
Portanto, o conhecimento dentro da caverna está sujeito ao erro, pois não estamos em contado com aquilo que é verdadeiro, mas com sua cópia.
O retorno é feito pelo educador, o sábio, pois é aquele saiu da ignorância e volta até ela para buscar os seus semelhantes. Platão lembra neste retorno, seu mestre Sócrates, que através da ironia e da maiêutica, procura fazer com que seus semelhantes dessem a luz ao próprio conhecimento.
Por fim, a morte é representada pela força da resistência do velho e do poder consolidado, a passividade e o conformismo contra a criatividade e a inovação. Neste sentido, o fugitivo morto é o próprio Sócrates, que foi morto pelos atenienses por não aceitarem o novo.