• Matéria: Filosofia
  • Autor: lpsdhhh
  • Perguntado 7 anos atrás

( ME AJUDEM POR FAVOR)Sócrates - Quando é, pois, que a alma atinge a verdade? Temos de um lado que, quando ela deseja investigar com a ajuda do corpo qualquer questão que seja, o corpo, é claro, a engana radicalmente. Símias - Dizes uma verdade. [...] Sócrates - E, sem dúvida alguma, ela raciocina melhor precisamente quando nenhum empecilho Ihe advém de nenhuma parte, nem do ouvido, nem da vista, nem de um sofrimento, nem sobretudo de um prazer - mas sim quando se isola o mais que pode em si mesma, abandonando o corpo à sua sorte, quando, rompendo tanto quanto Ihe é possível qualquer união, qualquer contato com ele, anseia pelo real? Símias - É bem isso! Sócrates - E não é, ademais, nessa ocasião que a alma do filósofo, alçando-se ao mais alto ponto, desdenha o corpo e dele foge, enquanto por outro lado procura isolar-se em si mesma? Símias - Evidentemente! [...] Sócrates - [...] E é este então o pensamento que nos guia: durante todo o tempo em que tivermos corpo, e nossa alma estiver misturada com essa coisa má jamais possuiremos completamente o objeto de nossos desejos! Ora, este objeto é, como dizíamos, a verdade. Não somente mil e uma confusões nos são efetivamente suscitadas pelo corpo quando clamam as necessidades da vida, mas ainda somos acometidos pelas doenças - e eis-nos às voltas com novos entraves em nossa caça ao verdadeiro real! O corpo de tal modo nos inunda de amores, paixões, temores, imaginações de toda sorte, enfim, uma infinidade de bagatelas, que por seu intermédio (sim, verdadeiramente é o que se diz) não recebemos na verdade nenhum pensamento sensato. [...] Inversamente, obtivemos a prova de que, se alguma vez quisermos conhecer puramente os seres em si, ser-nos-á necessário separar-nos dele e encarar por intermédio da alma em si mesma os entes em si mesmos. Só então é que, segundo me parece nos há de pertencer aquilo de que nos declaramos amantes: a sabedoria." (O corpo como entrave - Platão, Fedon)
3. Faça uma síntese da concepção de Platão sobre a relação corpo-espírito?

4-O trecho citado faz alusão a teoria das ideias de Platão? Por quê?

5-Do seu ponto de vista, a concepção platônica tem adeptos ainda hoje? Justifique.

Respostas

respondido por: Isagreguin
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Respostas esperadas no CLASSROOM

Resposta:

3- Para Platão o ser humano é formado por uma dualidade corpo-espírito onde o corpo acaba servindo como empecilho na busca do conhecimento ao qual o espírito tanto almeja.

4- Sim, pois ao expor a ideia de que o espírito busca a verdade ele expõe a necessidade de nos desvencilharmos do mundo material e atingirmos uma aproximação com as verdades do plano inteligível.

5- Sim, pois quando as religiões de matriz cristã afirmam a necessidade de superar as vontades do corpo (o pecado) para a ascensão ao paraíso, fazem referência direta a teoria platônica de que a verdadeira virtude está em não se deixar persuadir pelo material, pois além desses há valores universalmente válidos.


ericksousa626: good mana
alcileigoncalves123: i love
Isagreguin: Good amigos!
respondido por: Anajusantos1110
7

Resposta:

1- No trecho destacado podemos perceber que Sócrates se refere as pessoas comuns que não exercem a filosofia, pois são aqueles que “não conhecem a verdade”. E não conhecem a verdade pois quando atingem um nível intermediário de prazer já se dão por satisfeitos e desconhecem que a ausência da dor não se identifica realmente com o prazer.

2- Doxa e Episteme.

3- Para Platão o ser humano é formado por uma dualidade corpo-espírito onde o corpo acaba servindo como empecilho na busca do conhecimento ao qual o espírito tanto almeja.

O trecho citado faz alusão a teoria das ideias de Platão? Por quê?   - Sim, pois ao expor a ideia de que o espírito busca a verdade ele expõe a necessidade de nos desvencilharmos do mundo material e atingirmos uma aproximação com as verdades do plano inteligível.

Do seu ponto de vista, a concepção platônica tem adeptos ainda hoje? Justifique. - Sim, pois quando as religiões de matriz cristã afirmam a necessidade de superar as vontades do corpo (o pecado) para a ascensão ao paraíso, fazem referência direta a teoria platônica de que a verdadeira virtude está em não se deixar persuadir pelo material, pois além desses há valores universalmente válidos.

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