• Matéria: Português
  • Autor: edduardamaria069
  • Perguntado 6 anos atrás

- Esta - disse-lhe eu apontando para uma espléndida rosa-cha que ela trazia.-E a única pessoa, esta noite, que tem aqui uma
rosa amarela. Quando foi ao quarto de sua tia, teve a infelicidade de deixar cair duas pétalas dela. Estão junto da mesa de cabeceira.
Abri a porta. Sinhazinha compôs magnificamente, imediatamente, o mais encantador, o mais natural dos sorrisos e saiu dizendo:
- Se este Sherlock fez com todas o mesmo o que fez comigo vai ser um fiasco absoluto.
Não foi fiasco, mas foi pior.
Quando Sinhazinha chegara, subira, logo. Graças à intimidade que tinha na casa, onde vivera até a data do casamento, podia
fazer isso naturalmente. la só para deixar a sua capa dentro do armário. Mas, à procura de um alfinete, abriu a mesinha de cabeceira, viu
o anel, sentiu a tentação de roubá-lo e assim fez. Lembrou-se de que tinha de ir para a Europa daí a um mês. Lá venderia a joia. Desceu
então novamente com a capa e mandou pô-la no automóvel. E como ninguém a tinha visto subir, pôde afirmar que não fora ao andar
superior.
Eu estraguei tudo.
Mas a mulherzinha se vingou: a todos insinuou que provavelmente o ladrão tinha sido eu mesmo, e, vendo o caso descoberto
antes da minha retirada, armara aquela encenação para atribuir a outrem o meu crime.
O que sei é que Madame Guimarães, que sempre me convidava para as suas recepções, não me convidou para a de ontem...
Terá talvez sido a primeira a acreditar na sobrinha.
MEDEIROS E ALBUQUERQUE. Si eu fosse Sherlock Holmes. Rio de Janeiro:Ed. Guanabara, Waissman, Reis & Cia., 1932​

Respostas

respondido por: adrianyfabrin2021
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não entendi qual é a pergunta


edduardamaria069: entra no meu perfil e vai em questões a primeira foto é aonde está as perguntas, e o resto como este trecho é o texto
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