"Para Maria Alice, a epidemia de Febre Amarela de 1889 foi o divisor de águas na história do município. A doença estava ligada a cidades com portos, como o Rio de Janeiro e Santos (SP). No verão de 1889, ela veio com tudo. As epidemias em sequência na reta final dos anos 1800 frearam o crescimento da cidade. Campinas tinha mais habitantes que a capital em 1874. Vinte e seis anos depois, viu explodir o crescimento da "rival" que não sofreu do mesmo mal." (texto adaptado do G1). A partir do fragmento acima, nota-se que Campinas sofreu impactos demográficos no decorrer da epidemia de febre amarela que ditaram novos rumos à história da região. Comente sobre o contexto histórico e econômico no qual Campinas representava grande polo produtivo, e quais fatores auxiliaram na disseminação da doença na cidade no decorrer do século XIX.
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As notícias de casos de febre amarela em municípios de São Paulo, Minas Gerais e no Espírito Santo remexem o passado de Campinas (SP), localizada a centenas de quilômetros de onde a doença hoje é motivo de preocupação. Com sua história marcada por epidemias, por pouco não tirou o município do mapa na reta final do século XIX.
Da mesma forma que a riqueza da cana-de-açúcar e do café alçou Campinas ao posto de "capital agrícola" da província, a ponto de rivalizar em importância com São Paulo, a febre amarela que chegou sorrateira pelos caminhos da estrada de ferro instalou o caos, afugentou os mais ricos e castigou, sem piedade, ex-escravos, pobres e imigrantes.
"Chegaram a aventar a hipótese de tirar Campinas de sua base geográfica, mudar a cidade para outro local", conta Jorge Alves de Lima, de 79 anos, autor dos livros "O Ovo da Serpente" e "O Retorno da Serpente", que abordam o impacto da febre amarela na história de Campinas.
As epidemias em sequência na reta final dos anos 1800 frearam o crescimento da cidade. Campinas tinha mais habitantes que a capital em 1874. Vinte e seis anos depois, viu explodir o crescimento da "rival" que não sofreu do mesmo mal.