• Matéria: Português
  • Autor: caiorodrigues2324
  • Perguntado 7 anos atrás

em que medida podemos afirmar que o saci é uma personagem que representa o maravilhoso ?​

Respostas

respondido por: Anônimo
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Resposta:Saci-pererê, capturado pelo astuto Pedrinho, promete-lhe descortinar a vida noturna na

mata por meio da contemplação de seres monstruosos e arredios, como: Iara, Jurupari, Boitatá,

sem contar a já conhecida e cruel Cuca. A partir dessa proposição inicial, este trabalho pretende

trazer à tona o mundo fantástico do escritor brasileiro Monteiro Lobato (1882-1948) e a tessitura

ficcional de personagens e seres mitológicos representantes do folclore nacional. Lobato foi um

dos precursores ao recriar, literariamente, espaços, personagens e, sobretudo, figuras de monstros

vigentes no imaginário popular em diferentes regiões do Brasil, isto é, sul, sudeste, norte,

nordeste, centro-oeste. Analisando a presença e a urdidura de monstros do repertório cultural

brasileiro, objetiva-se, ainda, identificar traços do realismo maravilhoso na obra O Saci (1958), de

Lobato, bem como aspectos nacionais. A análise temático-formal, desse texto, estará embasada

em considerações críticas de relevantes teóricos do fantástico, dentre eles, Todorov, Lovecraft,

Carpentier, Chiampi, Furtado, Roas. Os resultados esperados consistem na identificação do tipo

de fantástico que se realiza em Lobato e na representatividade literária de monstros genuínos da

cultura brasileira, assim como seus possíveis efeitos sobre o leitor.

Palavras-chave: Seres monstruosos. Monteiro Lobato. Tessitura. Realismo Maravilhoso. Cultura

Brasileira

Explicação:Este trabalho pretende trazer à tona o mundo fantástico do escritor brasileiro Monteiro

Lobato (1882-1948) e a tessitura ficcional de personagens e seres insólitos, tais como, Saci-Pererê,

Jurupari, Iara e Boitatá, representantes do folclore nacional. Lobato foi um dos precursores ao

recriar, em vastíssima e exímia produção literária, espaços, personagens e, sobretudo, figuras de

monstros vigentes no imaginário popular em diferentes regiões do Brasil, a saber, sudeste, sul,

norte, nordeste, centro-oeste.

Analisando a presença e a urdidura de monstros do repertório cultural brasileiro, objetivase, ainda, identificar traços do realismo maravilhoso na obra lobatiana O Saci (primeira edição em

1921), bem como aspectos nacionais na recriação do escritor paulista de seres monstruosos.

A análise temático-formal estará embasada em considerações críticas de teóricos do

fantástico, dentre eles, Todorov, Lovecraft, Carpentier, Chiampi, Furtado, Roas. O trabalho

estará respaldado, ainda, em acepções de Piai e Paccini, sobre o folclore brasileiro e de

Zilberman, a respeito da feitura lobatiana. Pretende-se, assim, identificar o tipo de fantástico que

se realiza em Lobato e na representatividade literária de monstros genuínos da cultura brasileira,

assim como seus possíveis efeitos sobre o leitor.

Monteiro Lobato nasceu na cidade de Taubaté, no interior do estado de São Paulo, Brasil,

em 1882 e faleceu em 1948. Nos últimos anos de sua vida, dedicou-se a organizar sua vasta

produção. Escreveu o primeiro livro, A Menina do Narizinho, dedicado ao público infantil, em

1921, e o último, Os doze trabalhos de Hércules, em 1944. Seguem alguns dados biográficos:

José Bento de MONTEIRO LOBATO – Romancista, contista e jornalista

brasileiro, nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté, São Paulo, e faleceu em

4 de julho de 1948, no mesmo Estado. Após estudar nos colégios Coração de

Jesus e Dr. Quirino, de Taubaté, transferiu-se para São Paulo, concluindo os

preparatórios do Instituto Ciências e Letras. Matriculou-se em seguida na

Faculdade de Direito local, onde se bacharelou. Exerceu o cargo de Promotor

Público, em Areias. De volta a São Paulo, fundou a empresa editora Monteiro

Lobato & Cia, fracassando neste empreendimento. Limitou-se então a escrever

peças de literatura infantil à firma sucessora de sua empresa e para a imprensa,

que lhe deve uma colaboração substanciosa e riquíssima. Como Adido

Comercial, partiu em 1927 para os Estados Unidos da América do Norte, em

busca da prosperidade industrial do petróleo e do ferro. Em 1932 retornou ao

Brasil iniciando uma campanha rumorosa, apontando a exploração

conscienciosa desses produtos como o único caminho capaz de levar os

brasileiros a uma era de maior bem estar. Devido a isso, foi preso

temporariamente. Eleito membro da Academia Brasileira de Letras, recusou a

honraria. Entretanto, era titular da cadeira n° 39 da Academia Paulista de

Letras, na vaga de Pedro de Toledo, tendo como patrono Gabriel Rodrigues

dos Santos. A fim de dirigir os trabalhos de tradução e publicação das suas

obras, foi para a Argentina, em 1945, apresentar seus trabalhos a uma editora

daquele país. Dentre suas publicações estão: Urupês, Cidades Mortas, Negrinha, O

Macaco que se fez Homem, Problema Vital, Mundo da Lua, América, O Choque, Na

Antevéspera, Mr. Slang e o Brasil, Memórias de Emília, Emília no País da Gramática,

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