• Matéria: Português
  • Autor: Docearcoires
  • Perguntado 6 anos atrás

Continue a narrativa memorialística iniciada no parágrafo a seguir.

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respondido por: isa1euisa
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Viaturas policiais começaram a chegar, ao mesmo tempo em que mais revoltados vieram. O presidente anunciou que subiria a tribuna para discursar sobre as medidas e a posição do congresso; ele estava meia hora atrasado. Quando os policiais finalmente vieram aos poucos, começaram a indicar para se afastarmos das grades. Nós obedecemos, eramos intelectuais pacíficos e não arruaceiros desordenados e sem argumentos. Uma porta começou a se abrir, ela era enorme e localizada nos fundos da entrada principal do grande prédio.  

Do fundo da multidão, um homem alto e careca saiu em resguarda, protegido pelo povo, vestindo um longo casaco preto e venerado aos gritos uniformes: “Redentor, redentor!”, que hipocrisia, eu penso. Até o momento estávamos protestando contra a veneração de economistas. Olhei atentamente para a figura que se aproxima do portão e do microfone, era Bryan Paladino; o mesmo sujeito que a foi nomeado pelo presidente Ortega como conselheiro supremo, alguém que guiava o senado em tempos de crise. Não podia acreditar que meus aliados estavam amparando um deputado antidemocrático, alguém que motivou uma briga na assembleia e principalmente, alguém que se dizia o salvador da nação!

Do meio da multidão de repórteres e câmeras que cercavam o alvoroço da embaixada, uma jovem entrevistadora gritou á Paladino “O que aconteceu deputado?” Paladino não reagiu a provocação. Após 3 segundos de silencio geral, uma lágrima saiu de seus olhos:

“Cidadãos americanos, o presidente da república, Marcos Gabriel Ortega, acabou de cometer suicídio em sua sala reservada nessa embaixada!”

Todas as pessoas foram ao delírio. Gritos tomaram o lindo ambiente, a imprensa começou a se aproximar do portão que separava paladino da multidão. “Senhor, o que você vê agora para o futuro do País? - Eles diziam. Foi em instantes, que helicópteros da polícia e da rede de tv começaram a se aproximar do local. O barulho foi ensurdecedor.  

“Por favor, um minuto de silêncio”, Paladino disse. Surpreendentemente a multidão parou, para ouvi-lo. Um silencio geral se iniciou, e toda a atenção de funcionários públicos, civis, repórteres e da polícia se volta para o homem em cima da tribuna. Foi esse o dia em que a democracia morreu.

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