1) Getúlio Vargas paira entre palavras e imagens. Em um dos quadros, sorridente, ladeado de escolares também sorridentes, Getúlio toca o rosto de uma menina; ao seu lado, um menino empunha a bandeira nacional. Os textos são todos conclamativos e supõem sempre uma voz a comandar o leitor infantil e a incitá-lo para a ação. A mesma getulização dos textos escolares se faz presente na ampla literatura encomendada pelo DIP [...].
Explique o que o autor chama de “getulização dos textos escolares” e analise o papel do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) durante o Estado Novo (1937-1945).
2) Vamos retroceder no tempo: “A década de 30 (1931-1940)... foi a década do rádio... Possuir um rádio era estar em contato com o mundo. O próprio governo de Getúlio Vargas criou, com objetivos políticos, o programa A Hora do Brasil...”
Através da radiodifusão, Getúlio Vargas pretendia aproximar-se cada vez mais das massas populares. Com o rádio, era possível estar perto do povo, sem mesmo ter contato físico com ele. Ciente disso, em 1939, Vargas cria o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda). Levando em consideração seus conhecimentos sobre o período, explique a importância do DIP na consolidação da Ditadura de Vargas (1937-45).
Respostas
Resposta:
1) O DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) foi um órgão de governo criado durante o Estado Novo para promover uma imagem positiva do chefe de Estado e seu regime, estreitando as relações entre ambos e os diversos segmentos da sociedade. O DIP possuía um grande número de atribuições, desde a cooptação de intelectuais até a organização de eventos esportivos, propagandísticos e ligados aos meios de comunicação. Em relação à imprensa escrita ou falada e a manifestações culturais como música, teatro e literatura, o DIP atuou como direcionador e também censor. Quanto à “getulização dos textos escolares”, trata-se de uma importante área de atuação do DIP, visando inspirar, nas crianças e adolescentes, admiração, entusiasmo e lealdade à pessoa do governante.
2) A fim de consolidar a ditadura varguista, foi criado o DIP, responsável por enaltecer os atos do governo, buscando sempre exaltar a figura do presidente e, de alguma maneira, aproximá-lo das camadas populares. O DIP controlava os meios de comunicação de massa, além de realizar censura e promover eventos culturais que valorizassem a figura de Vargas, identificando-o como legítimo representante dos interesses nacionais.
Explicação: