2) Leia e compare os pares de enunciados a seguir, observando como a mudança das preposições acarreta mudança de sentido.
I. O ataque ao adversário foi bem-sucedido.
II. O ataque do adversário foi bem-sucedido.
III. Naquela situação, teve muita dedicação aos pais.
IV. Naquela situação, teve muita dedicação dos pais.
V. Sempre teve amizade aos irmão.
VI. Sempre teve amizade dos irmão.
a) Em quais enunciados os termos adversário, pais e irmãos são alvos, isto é, recebem a ação?
b) Em quais enunciados os termos adversário, pais e irmãos são agentes, isto é, têm a iniciativa da ação?
3) Leia o fragmento da crônica de Marina Colasanti, depois responda as questões.
Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora.
Talvez não fosse um Menino De Família, mas também não era um Menino De Rua. É assim que a gente divide. Menino De Família é aquele bem-vestido com tênis da moda e camiseta de marca, que usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão. [...]
Na verdade, não existem meninos De Rua. Existem meninos NA rua. E toda vez que um menino está NA rua é porque alguém o botou lá. Os meninos não vão sozinhos aos lugares. Assim como são postos no mundo, durante muitos anos também são postos onde quer que estejam. Resta ver quem os põe na rua. E por quê.[...]
No terceiro parágrafo, em “[...] não existem meninos De rua. Existem meninos NA rua. [..]”, a troca do De pelo NA determina que relação se sentido entre menino e rua seja:
a) de localização e não de qualidade
b) e origem e não de posso
c) de origem e não de localização
d) de qualidade e não de origem
4) Pense, com qual objetivo a cronista faz um jogo de palavras trocando a preposição de pela contração na.
Respostas
respondido por:
5
2) a) Nos enunciados I, III e V.
b) Nos enunciados II, IV e VI.
3) A
4) A autora faz esse jogo de palavras com o intuito de mostrar que os meninos moradores de rua não podem ser definidos como pertecentes ou originados nela. Ao trocar a preposição de pela contração na, a autora demonstra que a condição do menino é temporal e não permanente. Ou seja, ele não nasceu na rua e nem tem a rua como local definitivo, mas sim apenas está vivendo na rua como reflexo de sua condição de vida.
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