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Tem se difundido no mercado brasileiro a denominação comercial de um aço inoxidável “Série 300”, induzindo o consumidor a acreditar que se trata de um aço austenítico da família 3XX, como o conhecido AISI 304. No entanto, trata-se na verdade de um aço da família 2XX! No artigo a seguir abordaremos as principais diferenças entre essas duas famílias, enfatizando composição química e resistência à corrosão, que são atributos essenciais para a correta especificação, para as mais diversas aplicações.
O aço denominado “Série 300” é, na verdade, um aço da família 2XX e não da família 3XX!
A utilização de manganês no lugar do níquel nos aços 2XX tem como único objetivo a redução de preço, mesmo às custas das propriedades do aço inox!
O aço “Série 300” apresenta 2,5% menos cromo (Cr) que o 304, elemento essencial para a resistência à corrosão dos aços inoxidáveis.
A presença de enxofre e o elevado teor de carbono do aço denominado “Série 300” também contribuem para a redução da sua resistência à corrosão, principalmente corrosão por pites e intergranular.
Famílias 2XX e 3XX. Quais as diferenças?
Os aços inoxidáveis austeníticos tradicionais são compostos basicamente por ferro, cromo e níquel, sendo este último o principal elemento de liga responsável pela estrutura austenítica da família 3XX. Já a família 2XX, também austenítica, possui como principal elemento austenitizante o manganês, que substitui parcial ou quase totalmente o níquel. De uma forma prática temos:
3XX: inox austenítico com alto teor de níquel
2XX: inox austenítico com alto teor de manganês
Temos um comparativo de composição química entre os principais aços destas duas famílias e também os resultados do aço “Série 300”, importado na forma de tubos.
Nota-se pelos dados acima, uma diferença expressiva entre os teores de Mn e Ni dos aços 304 e 201, ressaltando que o aço “Série 300” também possui elevado teor de manganês.