Leia o texto sobre os camponeses no Reino Cuxe e após a leitura, responda as questões na sequência: O cemitério de Sanam e o setor plebeu das necrópoles de Meroe abrigariam aquela parcela da população urbana que ocupava o espaço social entre a diminuta nobreza, a gravitar em torno de um rei todo-poderoso, e a massa enorme de camponeses. Destes camponeses não se encontraram restos. Mas é fácil refazer-lhes a vida, a plantar, se nortistas, o trigo, a cevada, o linho; e , se sulistas, o sorgo, a abóbora e as tâmaras. A cavar poços nas áreas mais seca, para dar de beber aos grandes rebanhos. A mover o xadufe, para levar água do rio até os canais de regadio, nas margens altas. (...) Era trabalho enfadonho e cansativo, mas consideravelmente menos duro que os mineiros – e estes talvez fossem escravos – que extraiam ouro no deserto, e ametistas, rubis, berilo e outras pedras de valor. A produção aurífera era grande. Tanto assim que Taraca, em apenas nove anos, colocou, num só dos templos por ele construído, 110kg de ouro. Dos mineiros, no entanto, nada se sabe, pois não se encontraram os lugares onde foram enterrados. (...) Havia, é certo, pastores nômades ou seminômades, a exercer a transumância entre a estepe e o vale do rio. Mas o grosso do povo, que retirava o sustento da agricultura, praticada ao longo do rio Nilo e nos uedes da Butana, vivia em aldeotas. Em casas de tijolos e teto plano ou em palhoças de base redonda. Os templos e a nobreza deviam possuir grandes tratos de terra, que mandavam cultivar. A regra devia ser, contudo, a pequena exploração comunitária, familiar ou grupal, em que se combinavam a agricultura e a criação de gado. Junto às roças, mantinham-se vacas, ovelhas, cabras, jumentos e cavalos. E mesmo entre os agricultores sedentários devia haver um culto ao boi, como indicam os relevos nas sepulturas reais, os vasos de bronze e a cerâmica. Cultivava-se o sorgo durra, resistente ao calor e à seca, podendo afastar-se da área irrigada e ganhar a estepe. E também a lentilha, o pepino, o melão, a tâmara, o algodão. (COSTA E SILVA, A enxada e a lança A Africa antes dos portugueses. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996, p 118-119, 139). 1) Por que se tem pouca coisa sobre os camponeses no Reino Cuxe?
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O reino de Cuxe e as cidades de Napata e Meroe, até muito recentemente, eram muito pouco conhecidos do mundo. Sabia-se apenas, que eram as terras do ouro e ferro, das encantadoras candaces e das gentes que tinham a pele extremamente negra, localizadas ao Sul do Egito, na chamada África Nilótica. Suas fronteiras foram sempre imprecisas e suas divisões políticas bastante numerosas, sendo considerada, nos tempos antigos, um prolongamento do Egito, caracterizada como um grande deserto, vivendo graças ao Nilo.
Os camponeses eram o principal grupo social, mas pouco se tem sobre eles. Seus corpos não eram mumificados e há poucas fontes escritas no Reino Cuxe sobre eles.
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