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Resposta:
A teoria parmenidiana estava centrada no que ele chamou de “ser”. O ser das coisas era o princípio fundamental, baseado em uma espécie de ideia infinita e universal. Dessa maneira, tudo o que existia possuía o “ser” dentro de si. O que existe, ou seja, que possui o ser, pode ser enunciado e pensado. O que não existe não poderia, na visão do filósofo, ser pensado e nem enunciado. O problema legado à posteridade foi o problema do erro.
Para que o erro e a mentira existam, é necessária a existência do “não ser”. Como o “não ser” não é e não existe, como seria possível a existência do erro e da mentira? A resposta de Parmênides foi que o não ser, que permitia o erro e a mentira, era apenas uma ilusão causada pela opinião e pelos sentidos.
Para Parmênides, era dotado de existência somente aquilo que existe infinitamente e de maneira imóvel, ou seja, somente por meio das essências. A essência é o que aponta o ser existente em algo ou alguém. Essa essência é fixa, eterna e imutável, e as mudanças que percebemos nas coisas são, na realidade, fruto de nossos sentidos enganosos.
“O ser é e o não ser não é”, frase proferida por Parmênides, indica que o ser (o que existe) é, pois é idêntico a si mesmo e indica a si mesmo. O não ser não é, pois não existe, não possui identidade. As identidades são as definições de uma lógica rudimentar já utilizada por Parmênides, mas ainda muito próximas a uma metafísica.
A teoria do imobilismo universal, já iniciada por Xenófanes e aperfeiçoada por Parmênides, foi em grande medida utilizada pelo cristianismo para justificar a ideia de um Deus único, eterno e imutável.
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