Qual a diferença entre a participação dos países latino-americanos na divisão internacional do trabalho no período colonial e nos dias atuais? Justifique sua resposta.
Respostas
respondido por:
2
Cara Marta,
É preciso analisar também que o sistema capitalista, que predomina no mundo, trabalha com a lei da oferta e da procura. Se há muita oferta e / ou pouca procura, o preço tenderá a ser baixo. De modo, os salários obedecem um sistema parecido: se posso encontrar alguém com facilidade para realizar a função, o salário será baixo. Essa é uma das razões pelas quais o pagamento de trabalhos ditos "braçais", como ASG e outros, tende a ser baixo.
De modo semelhante, o preço do ferro e metais puros é baixo, enquanto o mesmo material, na forma de produtos industrializados (rádios, computadores e outros) tem um valor bem mais alto.
Assim, a venda de matérias-primas (oriundas da agropecuária e da mineração, por exemplo) está associada ao subemprego e a baixos salários, bem como uma dependência tecnológica de outros países. Isso ocorre por ser mais fácil fiscalizar o cumprimento das leis trabalhistas em fábricas (em razão de todos os trabalhadores estarem em um único lugar) do que os espalhados por áreas amplas, como no caso da agropecuária ou dos seringueiros espalhados pela Amazônia.
Além do valor maior dos produtos industrializados, eles apresentam uma maior validade que as matérias-primas (imagine a durabilidade de bananas e melancias quando comparadas a de aparelhos de televisão ou carros).
Assim, países industrializados agregam conhecimento e tecnologia na matéria-prima que, na maioria das vezes, vem de nações subdesenvolvidas, como no Brasil. Veja, por exemplo, o caso da Suíça e do Japão. Já ouviu falar do chocolate suíço? Agora se pergunte quantos quilos de cacau o país europeu produz... Nenhum. Ele importa todo o cacau da África e de outros países. O Japão é conhecido pela produção de carros, eletrodomésticos e robôs. Sabe de onde vem o ferro e outros minerais necessários para isso? Do Brasil...
É isso que a divisão internacional de trabalho realiza: nós vendemos matérias-primas, eles agregam valor (com melhores empregos, técnicas, salários) e nos vendem os materiais que fornecemos, convertidos em produtos, por um preço muito mais alto do que pagaram.
Assim, aos países subdesenvolvidos ocupam o papel de fornecedores de matérias-primas, haja vista que tal atividade não requer uma grande quantidade de trabalhadores altamente qualificados. Infelizmente, esses produtos tendem a sofrer oscilações bastante altas de preço, de modo que podem ser rentáveis em alguns momentos, enquanto em outros não.
Portanto, durante o período colonial houve uma forte dependência das exportações, bem como o pacto colonial, que impedia a produção de produtos manufaturados na colônia, como fábricas de pólvora, dentre outras coisas importantes. O sistema de cultivo era baseado na produção de um único tipo de produto agrícola (monocultura), voltado para a exportação, em grandes áreas de terra. O conhecimento avançado era realizado fora dos países da América Latina.
Nesse sentido, houve uma melhoria incrível, mas, ainda assim, quando analisamos a balança comercial e os produtos que mais contribuem para as economias economias dos países da América Latina, encontramos, ainda, uma alta participação de "commodities" (matérias-primas como ferro, produtos agropecuários, dentre outros com pouco valor agregado).
Um resultado disso consiste no fato de que o crescimento das economias da América Latina está ligado à gigantesca demanda por commodities pela China, situação na qual o Brasil também está incluído, pois esse país asiático passou a ser o nosso principal parceiro comercial, superando, inclusive, os Estados Unidos.
A principal diferença da participação das nações latino-americanas na divisão internacional de trabalho é que, na atualidade, estamos menos dependentes do envio de commodities do que na época colonial, ao mesmo tempo em que se vê o desenvolvimento de algumas tecnologias (como a ligada à agricultura) e indústrias desenvolvidas no Brasil. Para melhorar essa realidade é essencial um maior investimento na educação e que a mesma seja alvo de um acompanhamento e dedicação contínuos por parte dos governantes e da sociedade em geral.
É preciso analisar também que o sistema capitalista, que predomina no mundo, trabalha com a lei da oferta e da procura. Se há muita oferta e / ou pouca procura, o preço tenderá a ser baixo. De modo, os salários obedecem um sistema parecido: se posso encontrar alguém com facilidade para realizar a função, o salário será baixo. Essa é uma das razões pelas quais o pagamento de trabalhos ditos "braçais", como ASG e outros, tende a ser baixo.
De modo semelhante, o preço do ferro e metais puros é baixo, enquanto o mesmo material, na forma de produtos industrializados (rádios, computadores e outros) tem um valor bem mais alto.
Assim, a venda de matérias-primas (oriundas da agropecuária e da mineração, por exemplo) está associada ao subemprego e a baixos salários, bem como uma dependência tecnológica de outros países. Isso ocorre por ser mais fácil fiscalizar o cumprimento das leis trabalhistas em fábricas (em razão de todos os trabalhadores estarem em um único lugar) do que os espalhados por áreas amplas, como no caso da agropecuária ou dos seringueiros espalhados pela Amazônia.
Além do valor maior dos produtos industrializados, eles apresentam uma maior validade que as matérias-primas (imagine a durabilidade de bananas e melancias quando comparadas a de aparelhos de televisão ou carros).
Assim, países industrializados agregam conhecimento e tecnologia na matéria-prima que, na maioria das vezes, vem de nações subdesenvolvidas, como no Brasil. Veja, por exemplo, o caso da Suíça e do Japão. Já ouviu falar do chocolate suíço? Agora se pergunte quantos quilos de cacau o país europeu produz... Nenhum. Ele importa todo o cacau da África e de outros países. O Japão é conhecido pela produção de carros, eletrodomésticos e robôs. Sabe de onde vem o ferro e outros minerais necessários para isso? Do Brasil...
É isso que a divisão internacional de trabalho realiza: nós vendemos matérias-primas, eles agregam valor (com melhores empregos, técnicas, salários) e nos vendem os materiais que fornecemos, convertidos em produtos, por um preço muito mais alto do que pagaram.
Assim, aos países subdesenvolvidos ocupam o papel de fornecedores de matérias-primas, haja vista que tal atividade não requer uma grande quantidade de trabalhadores altamente qualificados. Infelizmente, esses produtos tendem a sofrer oscilações bastante altas de preço, de modo que podem ser rentáveis em alguns momentos, enquanto em outros não.
Portanto, durante o período colonial houve uma forte dependência das exportações, bem como o pacto colonial, que impedia a produção de produtos manufaturados na colônia, como fábricas de pólvora, dentre outras coisas importantes. O sistema de cultivo era baseado na produção de um único tipo de produto agrícola (monocultura), voltado para a exportação, em grandes áreas de terra. O conhecimento avançado era realizado fora dos países da América Latina.
Nesse sentido, houve uma melhoria incrível, mas, ainda assim, quando analisamos a balança comercial e os produtos que mais contribuem para as economias economias dos países da América Latina, encontramos, ainda, uma alta participação de "commodities" (matérias-primas como ferro, produtos agropecuários, dentre outros com pouco valor agregado).
Um resultado disso consiste no fato de que o crescimento das economias da América Latina está ligado à gigantesca demanda por commodities pela China, situação na qual o Brasil também está incluído, pois esse país asiático passou a ser o nosso principal parceiro comercial, superando, inclusive, os Estados Unidos.
A principal diferença da participação das nações latino-americanas na divisão internacional de trabalho é que, na atualidade, estamos menos dependentes do envio de commodities do que na época colonial, ao mesmo tempo em que se vê o desenvolvimento de algumas tecnologias (como a ligada à agricultura) e indústrias desenvolvidas no Brasil. Para melhorar essa realidade é essencial um maior investimento na educação e que a mesma seja alvo de um acompanhamento e dedicação contínuos por parte dos governantes e da sociedade em geral.
Perguntas similares
7 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás