• Matéria: Filosofia
  • Autor: helloisasilva7073
  • Perguntado 6 anos atrás

6) A filosofia Socrática era elaborada por meio de diálogos com seus interlocutores. Esses diálogos eram divididos em dois momentos principais: num primeiro momento era coloca à prova a experiência da ironia e, num segundo momento, a experiência da Maiêutica. Nesse segundo momento, Sócrates, mediante uma série de perguntas, ajuda os seus discípulos no caminho de reconstrução de suas próprias ideias. Em síntese, podemos dizer que a maiêutica socrática é a arte de parir as ideias, já que essa palavra grega pode ser traduzida como a arte de dar à luz as verdades, ou seja, é a experiência do parto das ideias que já estão inscritas na mente humana. De acordo com o enunciado acima e seu conhecimento sobre ironia e maiêutica, analise e assinale passagens correspondentes ao tema: I. Se imaginas que, matando homens, evitareis que alguém vos repreenda a má vida, estás enganados, essa não é uma forma de libertação, nem é inteiramente eficaz, nem honrosa; esta outra, sim, é a mais honrosa e mais fácil; em vez de tapar a boca dos outros, preparar-se para ser o melhor possível. Com este vaticínio, despeço-me de vós que me condenastes. Platão. Os pensadores, Volume II, Defesa de Sócrates. Tradução de Jaime Bruna. São Paulo: Ed. Abril,1972. II. [...] Neste particular, sou igualzinho às parteiras: estéril em matéria de sabedoria, tendo grande fundo de verdade a censura que muitos me assacam, de só interrogar os outros sem nunca apresentar opinião pessoal sobre nenhum assunto, por carecer, justamente, de sabedoria. E a razão é a seguinte: a divindade me incita a partejar os outros, porém me impede de conceber. Platão. Diálogos, Volume IX, Diálogo Teeteto. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: Universidade Federal do Pará, 1973. III. A revolução socrática da tábua de valores, como vimos, é baseada na descoberta da psyché como essência do homem e na consequente afirmação de que os valores supremos são os valores da alma [...] O segredo da felicidade está inteiramente em nós: está na nossa alma, está na nossa autarquia, está no nosso não depender das coisas dos outros: está no não-ter-necessidade-de-nada. Reale, Giovanni. Sofistas, Sócrates e socráticos menores. Tradução de Marcelo Perine. São Paulo: Ed. Loyola, 2009. IV. Sócrates – Então pensas que conhecer-se a si mesmo seja saber como se chama? Assim como não creem os compradores de cavalos conhecer o animal que desejam comprar antes de verificarem se é dócil ou empacador, forte ou fraco, ligeiro ou lerdo, enfim, todas as boas ou más qualidades de uma cavalgadura, não deve pesar-se a própria capacidade para se saber quanto se vale? Eutidemo – Efetivamente, parece-me que não conhecer o próprio valor é ignorar-se a si mesmo. Xenofonte. Os pensadores, Volume II, Ditos e Feitos Memoráveis de Sócrates. Tradução de Líbero Rangel de Andrade através da versão francesa de Eugène Talbot. São Paulo: Ed. Abril, 1972. V. De Sócrates conhecemos com certeza a data da morte, que aconteceu em 399 a.C., em seguida a condenação por "impiedade" (Sócrates foi formalmente acusado de não crer nos Deuses da cidade e de corromper os jovens com suas doutrinas; mas atrás de tal acusação escondem-se os mais diversos ressentimentos e manobras políticas, como bem nos diz Platão na Apologia de Sócrates). Posto que o próprio Platão nos diz que, no momento da morte, Sócrates tinha cerca de setenta anos, deduz-se que nasceu em 470/469 a.C. Reale, Giovanni. Sofistas, Sócrates e socráticos menores. Tradução de Marcelo Perine. São Paulo: Ed. Loyola, 2009. *

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respondido por: minienpresariogw
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