• Matéria: Biologia
  • Autor: duda123ramos
  • Perguntado 6 anos atrás

diferencie geneticamente um coronavirus de um outro vírus.

Respostas

respondido por: Kauanyavakins
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Essas pequenas estruturas que chamamos de vírus não se tratam de seres vivos, informação que pode parecer estranha em um primeiro momento, mas que se dá ao fato desses seres não se reproduzirem por conta própria, ou seja, necessitam de um hospedeiro para se multiplicar. Em muitos casos, este processo envolve usar o maquinário celular de um determinado tipo de célula deste hospedeiro, comprometendo sua função: é aí que o vírus passa a ser um patógeno.  

Por exemplo: o HIV infecta células do sistema imune, que são mortas no processo, comprometendo a imunidade do infectado. O Influenza infecta células do trato respiratório, causando os sintomas característicos da gripe, e assim por diante.

Ao contrário dos seres vivos convencionais, que possuem dispositivos de resistência a mutações, vírus são seres mais propensos a alterações em seu material genético, de modo que se observa um fenômeno conhecido como drift antigênico, que nada mais é do que a mudança na estrutura e material genético viral ao longo do tempo, oriundo de seu processo de replicação. Isso faz com que a variância nos gêneros virais seja maior que, por exemplo, em bactérias, o que faz com que vírus sejam, em geral, agentes mais contagiosos, bem como em muitos casos dificulta a criação de vacinas para as doenças causadas pelos mesmos.

Isso é ainda mais difícil quando o vírus é uma espécie híbrida.

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Coronavírus são vírus de RNA positivo, e a cepa de Wuhan, especificamente, possui cerca de 30 mil bases de comprimento, sendo bem semelhante ao vírus da SARS. Um fato impressionante é que, quando a SARS começou a ser investigada, levou meses até que o primeiro genoma viral fosse sequenciado, ao passo que, com as tecnologias atuais, o sequenciamento levou apenas algumas semanas.  

Ainda não há certeza sobre que espécie animal teria sido o vetor de contaminação humana, mas tudo indica que o vírus veio de uma só fonte animal, e não de várias, dado a uniformidade entre os genótipos extraídos de diferentes contaminações.

A infecção por coronavírus atinge uma enzima humana chamada ACE2, que é a mesma do vírus da SARS. Saber a enzima com a qual o vírus se conecta é importante para o desenvolvimento de vacinas.

Espero ter ajudado.

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