• Matéria: Português
  • Autor: dudacaristinho
  • Perguntado 6 anos atrás

Toda vaca voa. Mimosa voa, portanto Mimosa é vaca, certo? Errado, caro leitor. Dizer que toda vaca voa não equivale a dizer que tudo o que voa é vaca. Se toda vaca voa e Mimosa é vaca, Mimosa voa. Mas, quando se diz que toda vaca voa e que Mimosa voa, não se pode deduzir que Mimosa seja uma vaca. Pode-se, quando muito, dizer que Mimosa talvez seja uma vaca. Talvez; nada mais do que talvez.
Recentemente, grandes figuras de nossos jornais e revistas escreveram sobre relatórios que apontam a grave situação do Brasil no que diz respeito à compreensão de textos. Não sabemos ler. Lemos e não entendemos.
Lemos e entendemos o que queremos. Raciocinamos como ostras e montamos relações lógicas absurdas.
Na semana passada, por exemplo, um texto em que discute o emprego da vírgula, afirmei que, se fosse verdadeira a tese de que, “vírgula é para respirar”, os asmáticos colocariam vírgula depois de cada palavra escrita. Um leitor (cujo nome não revelarei, por dever cristão) perdeu preciosíssimo tempo para insultar-me,dizendo que eu não deveria atrever-me a falar do que não conheço. “Minha avó, que é asmática, lê muitíssimo bem”, disse o gênio. E quem disse que asmáticos não sabem ler?
Outro leitor me pediu ajuda. Diz ele que, ao ler o caderno da filha, percebeu que a professora tinha invertido a ordem de um famoso pensamento de Maquiavel. Em vez de “Os fins justificam os meios”, a mestra escreveu “Os meios justificam os fins”. O leitor diz que enviou um bilhete à professora, mostrando-lhe o equívoco.
Na aula, comentando o bilhete, a professora teria dito que, no caso, a ordem não muda nada. (...)
Cara professora, se de fato a senhora disse o que disse, desdiga, em nome da lógica da língua e da nossa classe, por favor.
Um dia participei de um programa de televisão em que se discutia o trote em nossas universidades. Deixei clara - claríssima - minha posição sobre essa atrasadíssima prática da sociedade brasileira.
Citei o caso da faculdade de medicina da PUC de Sorocaba (atearam fogo em um calouro) e o da USP (um estudante morreu afogado na piscina da faculdade, durante uma festa de arromba para “saudar” os calouros). Disse - e repito - que, em nome de uma “tradição” (estúpida), futuros médicos - cuja razão de ser é a preservação da vida - não têm o direito de promover “festas” de tortura e morte. Pronto! O telefone da emissora ficou congestionado. Médicos e estudantes de medicina queriam saber o que tenho contra eles e suas escolas.

3. No texto, são relatadas dificuldades de pessoas pertencentes a diferentes profissões. Considerando que há uma professora e médicos que também têm problemas com a língua portuguesa, a que conclusões podemos chegar?

ALGUÉM ME AJUDA PLEASEEE

Respostas

respondido por: nilidis
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Olá, tudo bem?

O exercício é sobre interpretação de texto

Para bem interpretar um texto primeiro é preciso fazer uma leitura relâmpago sobre ele, para pegar os assuntos essenciais, depois faz-se uma leitura detalhada, pega-se as palavras que não se entendem, procura-as no dicionário. verifica o contexto da frase, quem está falando e porque. Faz-se anotações sobre as idéias que o texto nos dá, escreve-se um resumo do texto, como se estivesse explicando o texto a alguém. Quando você começar a questionar o  texto , a ter ideias a partir do lido, ai sim você pode dizer que está interpretando um texto.

Vamos ao exercício

3. No texto, são relatadas dificuldades de pessoas pertencentes a diferentes profissões. Considerando que há uma professora e médicos que também têm problemas com a língua portuguesa, a que conclusões podemos chegar?

Podemos chegar  à  conclusão que o brasileiro não lê e o que lê é ainda por cima, sem dar tempo de se aprender o que se leu. Aí quando uma pessoa fala algo com mais de três palavras as brilhantes mentes que não sabem interpretar textos  conseguem traduzir o dito em algo que só ele entendeu e ainda, sem notar que está a demonstrar ignorância, vai lá e briga com a pessoa pelo que ela disse. Isso é mais ou menos o que nosso Presidente da República vem demonstrando em relação à saúde, dizendo que fulano falou o que não falou, dando uma de médico e prescrevendo medicamentos, inventando serviços essenciais e não ouvindo o que todas as autoridades de saúde estão dizendo. Se com o presidente é assim, imagine com a população.

A verdade que o brasileiro lê pouco e lê mal, isso sem contar com aqueles exibidinhos que pegam um livro, leem algumas folhas e depois vão , numa conversa casual, citar o livro e o que ele continha e as pessoas vão achá-lo um intelectual. Parece brincadeira? Pior que é verdade.

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Sucesso nos estudos!!!

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