Crie uma redação com o tema: O grande aumento na população e problemas futuros da super lotação.
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Demorou cerca de 200 mil anos para os humanos chegarem a uma população global de um bilhão. Mas, em duzentos anos, multiplicamos isso por sete. Na verdade, nos últimos 40 anos, acrescentamos um bilhão a mais a cada doze anos, aproximadamente. E as Nações Unidas preveem que acrescentaremos outros quatro bilhões – para um total de 11 bilhões – até o final do século.
Apesar disso, poucos cientistas, legisladores ou mesmo ambientalistas estão dispostos a conectar publicamente o incrível crescimento populacional à piora das mudanças climáticas, à perda da biodiversidade, à escassez de recursos ou à crise ambiental no geral.
“Já chegamos a um ponto em que o tamanho de nossa população é insustentável”, falou Jeffrey McKee, da Universidade Estadual de Ohio, ao mongabay.com. “Em outras palavras, já estamos além do ponto do conceito biológico de ‘capacidade de carga’. Milhões de pessoas passam fome todos os dias, e um número insondável nem mesmo tem acesso a água potável ou limpa. Um mundo de 11 bilhões de pessoas seria lamentável para os humanos, assim como para outras espécies.
Mas como combater, quanto mais resolver, algo tão sensível como o crescimento populacional? Uma das razões pelas quais o assunto é tão delicado é que evoca imagens de estados totalitários decretando uma criança por família, abortos ou esterilizações forçadas, ou mesmo genocídio. Mas especialistas dizem que o acesso à contracepção e educação para mulheres são na verdade as melhores formas de reduzir a população global.
“Soluções simples, tais como dar poder às mulheres, educação sexual, fornecer planejamento familiar acessível, rever subsídios que promovam a natalidade e enfatizar o custo econômico e investimento necessário para o sucesso futuro das crianças, poderiam evitar consideravelmente o crescimento populacional”, escreveu Mora, acrescentando que gostaria de ver uma campanha educativa para conscientizar sobre os impactos do aumento da população global.
“Prefiro ter a liberdade de escolha, mas uma escolha informada”, disse ele ao mongabay.com. “Assim como fizemos com o tabaco e o HIV, quando a informação criou uma consciência global sobre esses problemas. Eles ainda estão presentes, mas as pessoas estão mais conscientes sobre isso.”
Em vez disso, de acordo com Mora, a questão é ignorada ou mesmo considerada uma honra. Ele aponta para os EUA, onde o programa muito popular ‘19 Kids and Counting’ (algo como 19 crianças e mais – anteriormente 17 Kids and Counting, and 18 Kids and Counting – 17 crianças e mais, 18 crianças e mais) celebra a família Duggar, incomumente grande.
“Pura irresponsabilidade e eles fazem graça com isso!”, observou Mora. Os pais do programa, Jim Bob e Michelle Duggar, declararam que as crenças religiosas foram uma das principais razões pelas quais pararam de usar contraceptivos. Para muitos, as convicções religiosas ainda têm um papel importante na decisão de ter grandes famílias ou evitar o uso de contraceptivos. Mas Mora acredita, mesmo neste caso, que uma mudança é possível.
“As religiões mudam lentamente, mas mudam. Se começarmos uma revolução intelectual sobre o quão importante isso é, as religiões não terão escolha.”
Mas Mora e McKee concordam que o primeiro passo é para os cientistas – incluindo ambientalistas e conservacionistas – de parar de evitar a questão da superpopulação, e em vez disso incorporá-la à sua pesquisa, ao seu trabalho e à sua mensagem.
“[A questão da superpopulação] deve ser abraçada, não evitada”, disse McKee. “A pesquisa da minha equipe mostrou que as considerações sobre a densidade populacional humana devem ser parte de qualquer plano de conservação abrangente. Quanto mais cedo abrirmos esse diálogo difícil, melhor.”