• Matéria: ENEM
  • Autor: gabrielarockenbach80
  • Perguntado 6 anos atrás

Texto 1
A canção do africano
Que tem no colo a embalar
Lá na úmida senzala
E à meia-voz la responde
Sentado na estreita sala,
Ao canto, e o filhinho esconde,
Junto ao braseiro, no chão,
Talvez p'ra não o escutar!
Entoa o escravo o seu canto
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrio
"Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
De um lado, uma negra escrava
Esta terra é mais bonita.
Os olhos no filho crava.
Mas à outra eu quero bem."
ALVES, C. Poesias completas Rio de Janeiro
Ediouro, 1995 (fragmento).
Texto II
No caso da Literatura Brasileira, se é verdade que prevalecem as reformas radicais, elas
têm acontecido mais no âmbito de movimentos literários do que de gerações literárias. A poesia
de Castro Alves em relação à de Gonçalves Dias não é a de negação radical, mas de superação,
dentro do mesmo espírito romántico
MELO NETO,J.C. Obra completa, Rio de Janeiro
Nova Aguilar, 2003 (fragmento)
O fragmento do poema de Castro Alves exemplifica a afirmação de João Cabral de Melo
Neto porque
a) exalta o nacionalismo, embora lhe imprima um fundo ideológico retórico.
b) canta a paisagem local, no entanto, defende ideais do liberalismo.
c) mantém o canto saudosista da terra pátria, mas renova o tema amoroso.
d) explora a subjetividade do eu lírico, ainda que tematize a injustiça social.
e) inova na abordagem de aspecto social, mas mantém a visão lírica da terra pátria.

Respostas

respondido por: vanessaholanda21033
47

alternativa E

podemos afirmar que a crítica é retórica: mais emotividade do que razão. Todavia, os dois últimos versos se inserem na lógica ufanista; portanto, marque-se “E”

respondido por: DanielAlex777
10

Resposta letra E

Nos últimos quatro versos do poema de Castro Alves, percebe-se a visão do eu lírico relativamente à sua pátria (“Minha terra é lá bem longe, / Das bandas de onde o Sol vem; / Esta terra é mais bonita. / Mas à outra eu quero bem”). No entanto, logo no início, é também patente a condição social do escravo sujeito às mais duras provações (“Junto ao braseiro, no chão, / entoa o escravo o seu canto, / E ao cantar correm-lhe em pranto / Saudades do seu torrão”).

Espero ter ajudado S2

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