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Explicação:
De um corpo rígido que, aos poucos, tem de se adaptar a um modelo de dança marcado por coreografias precisas, baseado no pensamento cartesiano que orientou a modernidade, nasce um outro. Este é diferente. Mais leve e fluído, está em consonância com o espaço e sentimentos. Baseado na premissa de que qualquer corpo é capaz de produzir movimento, a dança contemporânea imprime novos conceitos a essa linguagem artística, que cada vez mais ganha dimensão.
A mostra de Dança Experimental, que começa hoje (7), às 20h, no teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), trabalhará com alguns desses conceitos, que além de ampliar a compreensão dessa linguagem, promovendo uma interlocução com outras manifestações artísticas. As apresentações prosseguem nos dias 14, 21 e 28.
A programação é composta pelos espetáculos "Acqua: dançar de um corpo-espaço", da bailarina, atriz e pesquisadora, Milza Gama; "TransiTO", do bailarino, Dyego Stefann; e "Equilibrista dos Ventos", interpretado pelo ator e bailarino com formação circense Rafael Abreu, cada um com 15 minutos de duração. Questionamentos acerca do estar no mundo, movimento e equilíbrio são explorados pelas performances dos bailarinos, que demonstram a intenção de projetar novas dimensões ao universo da dança, incluindo a subjetividade humana.
A bailarina Milza Gama apostou no conceito do arquiteto, filósofo e bailarino húngaro Rudolf Laban (1879-1958), considerado o pai da dança moderna. O estudioso defendia o "movimento como a parte sensível do pensamento e do espaço", escreve Regina Miranda, no livro "Corpo e Espaço: aspectos de uma geofilosofia do corpo em movimento", no qual faz uma leitura do Sistema Laban etc ..