• Matéria: História
  • Autor: andressaalvaz97
  • Perguntado 6 anos atrás

No Brasil Colonial, as festas populares comumente apresentavam motivações religiosas. Sobre as práticas culturais na Colônia, analise as afirmativas a seguir. De acordo com a análise, assinale as alternativas corretas. *


l. Nas celebrações religiosas que ocorriam nos templos católicos, geralmente as famílias mais abastadas ocupavam os lugares mais próximos ao altar. O local ocupado pelos indivíduos na igreja representava a posição de cada um na sociedade colonial.
ll. A religiosidade colonial foi marcada pelo sincretismo religioso, com elementos do catolicismo, das religiões africanas e das indígenas.
lll. As irmandades religiosas eram responsáveis pela organização de procissões ou festas religiosas que ocorriam nas vilas e povoados.
IV. O sincretismo religioso e a miscigenação foram traços marcantes da sociedade mineira.

Respostas

respondido por: florezEucarys260
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Resposta:

Chega o fim do ano e começamos a nos preparar para um período de festas, com direito a muita comida, bebida e consumismo. Será que as coisas eram diferentes no passado? Nos tempos coloniais, apesar dos esforços da Igreja, os excessos também davam o tom das comemorações.

Nos séculos XVII e XVIII, havia um calendário oficial de datas festivas, que podiam ter caráter religioso ou político. Os nascimentos de príncipes e princesas, os casamentos da nobreza, e até as mortes de figuras ilustres – tanto do Brasil quanto de Portugal – eram bons motivos para festança. No âmbito religioso, Páscoa (na verdade toda a Semana Santa), Natal e os dias dedicados aos santos eram as datas mais comemoradas.

A festa seguia um determinado roteiro: missas, novenas, procissões, fogos, bailes e muita comilança. Em um ambiente extremamente pobre em atividades sociais e culturais, estas ocasiões tinham grande importância para a população em geral. As festanças eram ainda uma ótima oportunidade para que homens e mulheres desfilassem com suas roupas mais luxuosas e bonitas. Nestas ocasiões, as pessoas podiam exibir os melhores tecidos, bordados, joias e todos os adereços possíveis. As irmandades se preparavam com antecedência para mostrar todos seus associados devidamente paramentados: havia competição entre os grupos para ver quem ostentava maior riqueza.

Na véspera de Natal, os mais ricos tinham o hábito de organizar bailes e reuniões em suas propriedades. Os escravos também eram liberados para seus festejos: as danças “africanas” atraíam a curiosidade dos brancos. Os “folguedos honestos”, como definia o jesuíta Antonil, eram tolerados para diminuir a revolta e a insatisfação dos cativos. O dia de Natal era reservado para encontros familiares e para visitas aos parentes e amigos mais chegados.

Por mais religiosa que fosse a festa, os aspectos pagãos e populares marcavam presença. A Igreja tentava, geralmente em vão, normatizar esses eventos em que as pessoas costumavam cometer todos os tipos de excessos: de comida e bebida, danças, sexo. E mais uma vez, a ostentação era um dos elementos centrais do espetáculo. – Márcia Pinna Raspanti

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