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o filósofo Richard Mervyn em 2002, deixou uma vasta obra, reconhecida mundialmente, no campo da filosofia.
Pertencente à chamada “Escola de Oxford”, Hare, a partir da análise da linguagem,
construiu uma série de estudos que contribuíram para o desenvolvimento da ética enquanto
objeto de investigação filosófica. A obra de Hare é constantemente abordada por outros
pensadores contemporâneos, sendo referência para Tugendhat, Habermas, MacIntyre,
dentre outros.
O tema desta investigação é, na nossa avaliação, a principal tese de Hare, a Tese da
Universalizabilidade, na qual ele consolida a sua visão do estudo da ética. Em nosso estudo,
verificamos que essa tese de Hare é sempre analisada parcialmente ou enfocada apenas
através de uma ou outra obra. A nossa proposta é uma análise mais completa da tese, a
partir das principais obras de Hare ao longo de cinco décadas. A Tese da
Universalizabilidade, para Hare, é um requisito lógico-conceitual presente nos princípios
morais substanciais. Ao prescrevermos um juízo moral, essa prescrição é válida
universalmente, comprometendo o agente a agir de modo idêntico, levando em
consideração os aspectos morais relevantes. Essa tese enfoca questões centrais para a
filosofia, principalmente a partir do século XX, que são:
- a importância da análise da linguagem moral;
- a racionalidade na Ética;
- a possibilidade de fundamentação e justificação das decisões morais;
- a universalidade dos juízos morais.
Hare, como representante da sua época, direciona seus estudos para a investigação da
linguagem. Para ele, a linguagem não é mais um instrumento neutro e transparente de
comunicação de uma realidade dada; é ela, em vez disso, que institui e conforma essa
realidade. Da ênfase de Hare, na palavra e na reflexão sobre a linguagem, derivaram
inúmeras veredas de investigação filosófica. A análise dos imperativos, da argumentação
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