• Matéria: História
  • Autor: natalhadefreitas942
  • Perguntado 6 anos atrás

Como desenvolver a virtude do respeito em nos mesmos?como desenvolver a virtude do respeito em nos mesmos?

Respostas

respondido por: andreydalolio73
0

Resposta:Uma pessoa que não tem consciência do seu próprio valor espiritual, isto é, que não vivencia este valor, leva uma vida deformada, degradada, doentia; e as doenças desta vida são profundamente instrutivas; elas podem ser descritas como as doenças da autoafirmação espiritual.

 

Na base do respeito espiritual por si mesmo deve haver uma percepção verdadeira de si mesmo, e não uma ilusão nem tampouco uma vaidade doentia; um autêntico valor espiritual, e não um sinal externo e gasto de privilégios obsoletos; um ato pessoal de autoafirmação, e não o pronunciamento talvez equivocado ou insincero de alguma outra pessoa. Perceber a si mesmo como uma força que está voltada para o bem não deve ser algo acidental ou efêmero, mas sim uma percepção autêntica e objetiva. Isso não pode e não deve ser substituído por nenhum tipo de sucedâneo: nem por uma imaginação sonhadora sobre as supostas virtudes do indivíduo e o seu “destino histórico”, e tampouco por um orgulho sem substância e um cultivo de “honra” formal, nem pelo veredito casual e mutável da “opinião social”, nem  pelas “ondas” egoístas e caprichosas da  “opinião pública”. A percepção do seu próprio valor espiritual tem na sua base uma experiência que é independente, pessoal, e ao mesmo tempo objetivamente valiosa. Um cidadão [1] deve ser um processo vivo e autossuficiente de acumulação de valor espiritual; e qualquer falha nesta experiência vivencial – uma falha em autossuficiência ou em objetividade – torna a consciência legal [2] pouco firme, vacilante, fraca em vitalidade, e instável.

 

Um indivíduo que respeite a si mesmo só porque, ou na medida em que os outros o respeitam, na verdade não tem respeito por si próprio; a sua saúde espiritual depende das impressões secundárias dos outros, isto é, da ignorância e da incompetência dos outros; na realidade dos fatos, ele é atormentado por sentimentos de inferioridade, pela vaidade, e pelo desejo de êxito exterior; e se este sucesso e popularidade o traem, então ele deixa de sentir o seu próprio valor espiritual, e a sua personalidade perde a forma. Do mesmo modo, um indivíduo que respeita a si mesmo apenas por causa das suas qualidades supostas, ou puramente externas, ou empiricamente acidentais, isto é, por aquilo que não constitui a sua essência espiritual (pela força, pela beleza, pela riqueza), na prática não respeita a si mesmo: a sua saúde espiritual depende daquilo que pode pertencer a ele, mas que não é ele em si mesmo, ou seja, depende do que é acidental e não essencial, do que não tem valor próprio, de fatos casuais da sua personalidade; na realidade dos fatos ele acumula uma suposta riqueza e multiplica o seu poder ou sua propriedade, mas não afirma o valor interno do seu espírito.

 

Ainda mais deplorável é o estado da pessoa completamente incapaz de respeitar a si mesma, e tão acostumada a isso que não vivencia de modo algum o seu próprio valor espiritual. Em alguma ocasião, talvez na infância, a alma de tal pessoa não pôde suportar alguma provação demasiado pesada para o seu sentido de individualidade; não pôde suportar a pressão das circunstâncias externas ou das suas próprias inclinações instintivas, não pôde lidar com alguma tarefa e responsabilidade de importância vital. Ela cedeu, e nesta mesma sujeição encontrou o veneno de um certo prazer. O ato da autoafirmação espiritual não teve êxito; a alma não resistiu na luta e aceitou sua humilhação, desanimada e derrotada. Não conseguiu afirmar a si mesma como uma força; ao invés disso, tendo aceitado a humilhação, abandonou sua confiança em si mesma e na sua natureza benéfica. Uma vez que se submeteu às suas paixões ou a uma vontade alheia, e tendo descoberto a doentia doçura da subordinação e da humilhação, a alma não tem mais a força para forjar para si mesma uma forma pessoal de espírito. Não vê o seu próprio valor e não respeita a si mesma; e como é impossível esconder esta percepção de si mesma, os outros se acostumam imperceptivelmente a não respeitá-la, e desta maneira fortalecem o seu desrespeito por si mesma.

Explicação:

respondido por: dudamarsicanoo
0

Resposta:Uma pessoa que não tem consciência do seu próprio valor espiritual, isto é, que não vivencia este valor, leva uma vida deformada, degradada, doentia; e as doenças desta vida são profundamente instrutivas; elas podem ser descritas como as doenças da autoafirmação espiritual.

Na base do respeito espiritual por si mesmo deve haver uma percepção verdadeira de si mesmo, e não uma ilusão nem tampouco uma vaidade doentia; um autêntico valor espiritual, e não um sinal externo e gasto de privilégios obsoletos; um ato pessoal de autoafirmação, e não o pronunciamento talvez equivocado ou insincero de alguma outra pessoa. Perceber a si mesmo como uma força que está voltada para o bem não deve ser algo acidental ou efêmero, mas sim uma percepção autêntica e objetiva. Isso não pode e não deve ser substituído por nenhum tipo de sucedâneo: nem por uma imaginação sonhadora sobre as supostas virtudes do indivíduo e o seu “destino histórico”, e tampouco por um orgulho sem substância e um cultivo de “honra” formal, nem pelo veredito casual e mutável da “opinião social”, nem  pelas “ondas” egoístas e caprichosas da  “opinião pública”. A percepção do seu próprio valor espiritual tem na sua base uma experiência que é independente, pessoal, e ao mesmo tempo objetivamente valiosa. Um cidadão [1] deve ser um processo vivo e autossuficiente de acumulação de valor espiritual; e qualquer falha nesta experiência vivencial – uma falha em autossuficiência ou em objetividade – torna a consciência legal [2] pouco firme, vacilante, fraca em vitalidade, e instável.

Um indivíduo que respeite a si mesmo só porque, ou na medida em que os outros o respeitam, na verdade não tem respeito por si próprio; a sua saúde espiritual depende das impressões secundárias dos outros, isto é, da ignorância e da incompetência dos outros; na realidade dos fatos, ele é atormentado por sentimentos de inferioridade, pela vaidade, e pelo desejo de êxito exterior; e se este sucesso e popularidade o traem, então ele deixa de sentir o seu próprio valor espiritual, e a sua personalidade perde a forma. Do mesmo modo, um indivíduo que respeita a si mesmo apenas por causa das suas qualidades supostas, ou puramente externas, ou empiricamente acidentais, isto é, por aquilo que não constitui a sua essência espiritual (pela força, pela beleza, pela riqueza), na prática não respeita a si mesmo: a sua saúde espiritual depende daquilo que pode pertencer a ele, mas que não é ele em si mesmo, ou seja, depende do que é acidental e não essencial, do que não tem valor próprio, de fatos casuais da sua personalidade; na realidade dos fatos ele acumula uma suposta riqueza e multiplica o seu poder ou sua propriedade, mas não afirma o valor interno do seu espírito.

Ainda mais deplorável é o estado da pessoa completamente incapaz de respeitar a si mesma, e tão acostumada a isso que não vivencia de modo algum o seu próprio valor espiritual. Em alguma ocasião, talvez na infância, a alma de tal pessoa não pôde suportar alguma provação demasiado pesada para o seu sentido de individualidade; não pôde suportar a pressão das circunstâncias externas ou das suas próprias inclinações instintivas, não pôde lidar com alguma tarefa e responsabilidade de importância vital. Ela cedeu, e nesta mesma sujeição encontrou o veneno de um certo prazer. O ato da autoafirmação espiritual não teve êxito; a alma não resistiu na luta e aceitou sua humilhação, desanimada e derrotada. Não conseguiu afirmar a si mesma como uma força; ao invés disso, tendo aceitado a humilhação, abandonou sua confiança em si mesma e na sua natureza benéfica. Uma vez que se submeteu às suas paixões ou a uma vontade alheia, e tendo descoberto a doentia doçura da subordinação e da humilhação, a alma não tem mais a força para forjar para si mesma uma forma pessoal de espírito. Não vê o seu próprio valor e não respeita a si mesma; e como é impossível esconder esta percepção de si mesma, os outros se acostumam imperceptivelmente a não respeitá-la, e desta maneira fortalecem o seu desrespeito por si mesma.

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