• Matéria: Português
  • Autor: joaomarcosdasilvaper
  • Perguntado 6 anos atrás

Texto:

Quando você crescer, talvez não tenha um emprego Não temos ideia de como será o mercado de trabalho em 2050. Sabemos que o aprendizado de máquina e a robótica vão mudar quase todas as modalidades de trabalho – desde a
produção de iogurte até o ensino da ioga. Contudo, há visões conflitantes quanto à natureza dessa mudança e sua iminência. Alguns creem que dentro de uma ou duas décadas bilhões de pessoas serão economicamente redundantes. Outros sustentam que mesmo no longo prazo a automação continuará a gerar novos empregos e maior prosperidade para todos.
Estaríamos à beira de uma convulsão social assustadora, ou essas previsões são mais um exemplo de uma histeria ludista infundada? É difícil dizer. Os temores de que a automação causará desemprego massivo remontam ao século XIX, e até agora nunca se materializaram. Desde o início da Revolução Industrial, para cada emprego perdido para uma máquina pelo menos um novo emprego foi criado, e o padrão de vida médio subiu consideravelmente. Mas há boas razões para pensar que desta vez é diferente, e que o aprendizado de máquina será um fator que mudará o jogo.
Humanos têm dois tipos de habilidades – física e cognitiva. No passado, as máquinas
competiram com humanos principalmente em habilidades físicas, enquanto os humanos se mantiveram à frente das máquinas em capacidade cognitiva. Por isso, quando trabalhos manuais na agricultura e na indústria foram automatizados, surgiram novos trabalhos no setor de serviços que requeriam o tipo de habilidade cognitiva que só os humanos possuíam: aprender, analisar, comunicar e acima de tudo compreender as emoções humanas. No entanto, a IA está começando agora a superar os humanos em um número cada vez maior dessas habilidades, inclusive a de compreender as emoções humanas. Não sabemos de nenhum terceiro campo de atividade – além do físico e do cognitivo – no qual os humanos manterão sempre uma margem segura.
Texto do livro “21 lições para o século 21”, de Yuval Noah Harari (Adaptado)

1- Segundo Harari, há dois fatores determinantes na mudança de quase todas as
modalidades de trabalho. Que fatores são esses?

2- O texto apresenta duas visões conflitantes quanto à natureza da mudança das
profissões e sua iminência. Que visões são essas?

3- Escolha uma das visões conflitantes da resposta à questão 2 e comente-a,
posicionando-se a favor ou contra.

4- De acordo com o texto, o temor acerca do desemprego vivido desde a Revolução
Industrial não se concretizou. Que razão(ões) pode(m) ser atribuída(s) a isso?

5- Apesar de o desemprego não ter ocorrido como se esperava desde a Revolução
Industrial, Harari sinaliza que é possível que neste momento seja diferente. Que
razões são apontadas no texto para isso?

Respostas

respondido por: esthels20202004
83

Resposta:

1. Segundo Harari, os dois fatores determinantes na mudança de quase todas as

modalidades de trabalho são o aprendizado de máquina e a robótica.

2. O texto apresenta duas visões conflitantes quanto à natureza da mudança das

profissões e sua iminência. A primeira visão é a de que dentro de uma ou duas

décadas bilhões de pessoas serão economicamente redundantes. A segunda visão é a

que sustenta que, mesmo no longo prazo, a automação continuará a gerar novos

empregos e maior prosperidade para todos.

3. É possível defender que dentro de uma ou duas décadas bilhões de pessoas serão

economicamente redundantes, a exemplo de profissionais como o porteiro de um

prédio, hoje substituído por sistemas de segurança eletrônicos. Caso se queira

defender que a automação continuará a gerar novos empregos, basta lembrar que as

pessoas continuam precisando programar os softwares que estão dentro das

máquinas, por mais engenhosas que elas sejam.

4. De acordo com o texto, o temor acerca do desemprego vivido desde a Revolução

Industrial não se concretizou pelo fato de as máquinas continuarem a ser operadas

por homens. Isso se deve ao fato de as máquinas substituírem apenas o trabalho

físico e não o cognitivo. Segundo o texto, “trabalhos manuais na agricultura e na

indústria foram automatizados, surgiram novos trabalhos no setor de serviços que

requeriam o tipo de habilidade cognitiva que só os humanos possuíam: aprender,

analisar, comunicar e acima de tudo compreender as emoções humanas.”

5. Apesar de o desemprego não ter ocorrido como se esperava desde a Revolução

Industrial, Harari sinaliza que é possível que neste momento seja diferente. Isso

porque a Inteligência Artificial está começando agora a superar os humanos em um número cada vez maior dessas habilidades, inclusive a de compreender as emoções

humanas. Falta aos humanos então a segurança de um terceiro campo de atividade

– além do físico e do cognitivo – para se manterem sempre à frente.

Explicação:

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